domingo, 31 de janeiro de 2010

Evangelho do dia 31/01/2010

Evangelho segundo S. Lucas 4,21-30.

Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?» Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.» Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon. Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.» Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor. E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo. Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho. 

Mensagem

Você receberá lições, pois estará matriculado na escola da vida em período integral.
Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa.
Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente.
Não há erros, apenas lições.
Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida.
Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição.
Aprender lições é um processo interminável.
Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender.
O crescimento é resultado de um processo de tentativa e erro: uma experimentação.
Os experimentos fracassados são tão parte do processo quanto os experimentos que funcionam.
Você tem um corpo físico.
Poderá amá-lo ou detestá-lo, mas ele será seu ao longo de toda a sua existência.
Lá não é melhor que aqui.
Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui.
Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem.
Você não pode amar ou detestar alguma coisa em outra pessoa sem que isso reflita alguma coisa
que você ama ou detesta em si mesmo.
É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida.
Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa.
O que faz com eles, é problema seu.
A escolha é sua.
As respostas às questões da vida estão dentro de você. Tudo que você tem a fazer é prestar atenção, ouvir e confiar.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 30/01/2010

Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41.

Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?» 

Mensagem’

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres ou dizer um simples obrigado .

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas... Quando não há nenhum fotógrafo por perto.

É possível vê-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam....
Nas pessoas que escutam mais do que falam....
E quando falam, passam longe da fofoca e das maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas...

Oferecer flores é sempre elegante...
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais o saber...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro....
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 29/01/2010

Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34.

Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.» Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular. 

Mensagem

Imaginem a vida como um jogo, no qual vocês fazem malabarismo com cinco bolas que lançam ao ar.
Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.
O trabalho é uma bola de borracha.
Se cair, bate no chão e pula para cima.
Mas as quatro outras são de vidro.
Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas.
Entendam isso e busquem o equilíbrio na vida.
Como?
- Não diminuam seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.
- Não fixem seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só vocês estão em condições de escolher o que é melhor para vocês próprios.
- Dêem valor e respeitem as coisas mais queridas aos seus corações.
Apeguem-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.
- Não deixem que a vida escorra entre os dedos por viverem no passado ou no futuro.
Se viverem um dia de cada vez, viverão todos os dias de suas vidas.
- Não desistam quando ainda são capazes de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.
- Não temam admitir que não são perfeitos.
- Não temam enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.
- Não excluam o amor de suas vidas dizendo que não se pode encontrá-lo.
A melhor forma de receber amor é dá-lo.
A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio.
A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.
- Não corram tanto pela vida a ponto de esquecerem onde estiveram e para onde vão.
- Não tenham medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente.
- Não usem imprudentemente o tempo ou as palavras. Não se podem recuperar.

A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.

Lembrem-se: Ontem é historia. Amanhã é mistério e hoje é uma dádiva. Por isso se chama presente.

”Apeguem-se as coisas que são queridas ao seu coração, sem elas a vida carece de sentido”.

Brian Dyson

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 28/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 4,21-25.

Disse-lhes ainda: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro? Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz. Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.» 


Mensagem

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada (?),
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 27/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 4,1-20.

De novo começou a ensinar à beira-mar. Uma enorme multidão vem agrupar-se junto dele e, por isso, sobe para um barco e senta-se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar. Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos: «Escutai: o semeador saiu a semear. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na. Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra; mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou. Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto. Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.» E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.» Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola. Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.» E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles. Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria, mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem. Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera. Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.» 


Mensagem

Meu Pai, por que motivo me desamparaste assim?
Passam-se os séculos, e a humanidade continua,
crucificando-me, com este desrespeito sem fim.

Por que em Tua sapiência, Teu filho me fizeste
mas, privaste-me de toda Tua infinita bondade,
tiraste-me até na infância, da morada celeste?

Qualquer pai terreno tem mais amor em sua cria
defendendo-a do mal, e salvando-a dos perigos
além de protegê-la sempre de qualquer agonia.

Criaste-me como a todos, pela luz da gestação,
mas reservastes para mim o mal fadado e cruel,
destino sombrio e doloroso, da incompreensão.

Permitiste que fosse perseguido pelos romanos
apesar de minha bondade com todos meus irmãos,
colocando-os na especial condição, de humanos.

Abandonaste-me quando eu de Ti mais precisava,
Viste-me ser açoitado, mas não me defendestes,
ignorou quando o centurião na cruz me pregava.

Ainda hoje pelo mundo impera tanta ingratidão.
Sofri morri por todos, mas tem até quem evita,
meu nome por falta de crença, até por aversão.

Que glória inglória esta meu queridíssimo Pai,
onde o filho unigênito, do único Rei universal
para o esquecimento inglório e anônimo vai?

Meu amabilíssimo filho não existe neste mundo,
criatura mais querida, importante, e especial,
meu sentimento por você, sempre será profundo.

Minha existência, junto com a sua se completa,
a humanidade certamente sem mim, não existiria
e sem você ela logo estaria à mercê do capeta.

Nosso sacrifício empenhado, fora sobre-humano,
para que seu povo consciência adequada tivesse
pois só assim faríamos dele um povo, soberano.

O meu sacrifício foi usar meu unigênito filho,
a ser por todos imolado e crucificado, em vão,
pois, pela humanidade, isto não foi empecilho.

O teu sacrifício todos acreditam que conhecem,
mas maior, foi sofrer esta grande ingratidão,
agonizaste por todos, mas relevam isto também.

Se ainda lamentas tanto por ter te abandonado,
imagine qual o tamanho desta minha frustração,
causei-te tanto sofrimento e és desacreditado.

Entendeste, se caso meu plano fosse diferente,
dando-te, amplos poderes, proteção e regalias?
julgar-me-iam agora, por prepotência aparente.

Preferi passar a eles, o sentido da humildade,
pois para todos proporcionei a mesma essência,
não poderia caber-lhes, a invenção da vaidade.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 26/01/2010


Evangelho segundo S. Lucas 10,1-9.

Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!' E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.' 


Mensagem

O colunista Sydney Harris conta uma história em que acompanhava um amigo à banca de jornal. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Harris sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro. Quando os dois amigos desceram pela rua, o colunista perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?

- Sim, infelizmente é sempre assim.

- E você é sempre tão polido e amigável com ele?

- Sim, sou.

- Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?

- Porque não quero que ele decida como eu devo agir.

A implicação desse diálogo é que a pessoa inteira é “seu próprio dono”, que não deve se curvar diante de qualquer vento que sopra. Não é o ambiente que a transforma, mas ela que transforma o ambiente. A pessoa inteira é um Ator e não um Reator.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 25/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 16,15-18.

E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas, apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.» 


Mensagem

Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave para sentirmos tanta saudade.

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.

Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma
saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet encontrara página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...

É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo, o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 24/01/2010


Evangelho segundo S. Lucas 1,1-4.4,14-21.

Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram Servidores da Palavra , resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo, a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído. Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam. Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» 


Mensagem

A cabeça faz a diferença

Paulo e João são colegas de trabalho.

Paulo é casado há 15 anos com Paula, que tem sido uma esposa muito carinhosa e compreensiva. João é casado com Maria há 2 anos. Maria é muito ciumenta.

Numa sexta-feira Paulo e João precisaram trabalhar até mais tarde e não conseguiram avisar as suas esposas tal imprevisto.

Após o exaustivo trabalho eles passaram num bar, a caminho de casa, e tomaram uma cerveja.

Paula em casa, preocupada com a demora do marido, ficou pensando que deveria ter ocorrido algum imprevisto. Começou a rezar para que nenhum mal lhe tivesse acontecido.

Maria, por sua vez, imaginou seu marido no bar com outras mulheres.

Paulo chegou em casa e foi recebido por sua esposa com um grande beijo. João foi recebido com insultos e tapas.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 23/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 3,20-21.

Tendo Jesus chegado a casa, de novo a multidão acorreu, de tal maneira que nem podiam comer. E quando os seus familiares ouviram isto, saíram a ter mão nele, pois diziam: «Está fora de si!» 


Mensagem

A rocha no caminho

Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada. Naquele momento ele se escondeu e ficou observando se alguém tiraria a imensa rocha do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra. Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantia as estradas limpas, mas nenhum deles tentou se quer remover a pedra dali.

De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais. Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali. Após muita força e suor, ele finalmente, com muito jeito, conseguiu mover a pedra para o lado da estrada. Ele voltou a pegar a sua carga de vegetais mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra. Foi até ela e viu que a bolsa continha muitas moedas de ouro, e um bilhete escrito pelo rei que dizia:

"Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição..."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 22/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 3,13-19.

Jesus subiu depois a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar, com o poder de expulsar demónios. Estabeleceu estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que o entregou. 


Mensagem

Para ser feliz não existe poção mágica. É preciso somente que tenha a alma limpa e desprovida de mágoas e rancores.

Quanto mais tempo ficarmos remoendo as dores mais tempo levaremos para cicatrizar as feridas.

Estamos aqui de passagem. Nada trouxemos e nada levaremos. Cada um é livre para cumprir a sua missão...

Agradeço, Senhor, os verdadeiros amigos, mesmo imperfeitos e limitados!
Muitas vezes decepciono-me, esquecida(o) de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque são humanos.

Agradeço, Senhor, pela sua compaixão, pela sua graça, pela sua bondade, que estão sempre presentes, sustentando-me nos momentos mais difíceis.

Agradeço, Senhor, pela pessoa que sou.


E QUE MEUS AMIGOS(AS) PERDOEM-ME POR SER IMPERFEITO(A)
Que Assim Seja....

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 21/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12.

Jesus retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia. E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela multidão, pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem. Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!» Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer. 

Mensagem
Um rei mandou reunir um grupo de sábios para decidir qual era a parte mais importante do corpo.

O endocrinologista, afirmou que eram as glândulas, porque regulavam as funções; o cardiologista disse que era o coração, pois sem ele as glândulas não funcionavam; já o nutricionista garantiu que era o estômago, uma vez que sem alimento o coração não tinha forças para trabalhar.

Porém, o mais sábio de todos, ouvia tudo em silêncio. Como não chegavam a nenhum acordo, quiseram saber exatamente a sua opinião.

- "Todas essas partes são fundamentais para a vida." - disse o mais sábio de todos. - "Se faltar uma delas o corpo morre. Entretanto, a parte mais importante não existe. É o canal imaginário que liga o ouvido à língua. Se este canal imaginário estiver com problemas, o homem passa a dizer coisas que não ouviu, e então, não apenas o corpo morre, mas a sua alma é condenada para sempre!."

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Evangelho e mensagem do dia 20/01/2010


Evangelho segundo S. Marcos 3,1-6.

Novamente entrou na sinagoga. E estava lá um homem que tinha uma das mãos paralisada. Ora eles observavam-no, para ver se iria curá-lo ao sábado, a fim de o poderem acusar. Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.» E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados. Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a, e a mão ficou curada. Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus. 


Mensagem

Às vezes, fico me perguntando porque é tão difícil ser transparente? Costumamos acreditar que ser transparente é simplesmente ser sincero, não enganar os outros. Mas ser transparente é muito mais do que isso. É ter coragem de se expor, de ser frágil, de chorar, de falar do que a gente sente... Ser transparente é desnudar a alma,é deixar cair as máscaras, baixar as armas, destruir os imensos e grossos muros que nos empenhamos tanto para levantar...

Ser transparente é permitir que toda a nossa doçura aflore, desabroche, transborde!  Mas infelizmente, quase sempre,a maioria de nós decide não correr esse risco. Preferimos a dureza da razão à leveza que exporia toda a fragilidade humana. Preferimos o nó na garganta às lágrimas que brotam do mais profundo de nosso ser...

Preferimos nos perder numa busca insana por respostas imediatas à simplesmente nos entregar e admitir que não sabemos, que temos medo! Por mais doloroso que seja ter de construir uma máscara que nos distancia cada vez mais de quem  realmente somos, preferimos assim: manter uma imagem que nos dê a sensação de proteção... E assim, vamos nos afogando mais e mais em falsas palavras, em falsas atitudes, em falsos sentimentos.

Não porque sejamos pessoas mentirosas, mas apenas porque nos perdemos de nós mesmos e já não sabemos onde está nossa brandura, nosso amor mais intenso e não-contaminado. Com o passar dos anos, um vazio frio e escuro nos faz perceber que já não sabemos dar e nem pedir o que de mais precioso temos a compartilhar, doçura, compaixão... a  compreensão de que todos nós sofremos, nos sentimos
sós, imensamente tristes e choramos baixinho antes de dormir, num silêncio que nos remete a uma saudade desesperada de nós mesmos... daquilo que pulsa e grita dentro de nós, mas que não temos coragem de mostrar àqueles que mais amamos!

Porque, infelizmente, aprendemos que é melhor revidar, descontar,agredir, acusar,criticar e julgar do que simplesmente dizer: "você está me machucando... pode parar, por favor?". Porque aprendemos que dizer isso é ser fraco, é ser bobo, é ser menos do que o outro. Quando, na verdade, se agíssemos com o coração, poderíamos evitar tanta dor, tanta dor... Sugiro que deixemos explodir toda a nossa doçura! Que consigamos não prender o choro, não conter a gargalhada, não esconder tanto o nosso medo,não desejar parecer tão invencível.

Que consigamos não tentar controlar tanto, responder tanto, competir tanto, que consigamos docemente viver, sentir, amar... E que você seja não só razão, mas também coração, não só um escudo, mas também sentimento.

Seja  transparente, apesar de todo o risco que isso possa significar.