sábado, 31 de julho de 2010

O guardião do Castelo


Certo dia num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou, então, todos os discípulos para determinar quem seria o novo sentinela. O Mestre, com muita tranquilidade, falou:

- Assumirá o posto o primeiro monge que resolver o problema que vou apresentar.

Então, ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo e disse apenas:

- Aqui está o problema!

Todos ficaram olhando a cena: o vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro. O que representaria?! O que fazer?! Qual o enigma?! Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e???
ZAPT!! destruiu tudo, com um só golpe. Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:

- Você será o novo Guardião do Castelo.

MORAL DA HISTÓRIA: 

Não importa qual o problema. Nem que seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é um problema. Mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou.

Por mais lindo que seja ou, tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, tem que ser suprimido. Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus corações e mentes. Espaço esse indispensável para recriar a vida.

Evangelho segundo S. Mateus 14,1-12.

Por aquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos de Herodes, o tetrarca, e ele disse aos seus cortesãos: «Esse homem é João Baptista! Ressuscitou dos mortos e, por isso, se manifestam nele tais poderes miraculosos.» De facto, Herodes tinha prendido João, algemara-o e metera-o na prisão, por causa de Herodíade, mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia-lhe: «Não te é lícito possuí-la.» Quisera mesmo dar-lhe a morte, mas teve medo do povo, que o considerava um profeta. Ora, quando Herodes festejou o seu aniversário, a filha de Herodíade dançou perante os convidados e agradou a Herodes, pelo que ele se comprometeu, sob juramento, a dar lhe o que ela lhe pedisse. Induzida pela mãe, respondeu: «Dá-me, aqui num prato, a cabeça de João Baptista.» O rei ficou triste, mas, devido ao juramento e aos convidados, ordenou que lha trouxessem e mandou decapitar João Baptista na prisão. Trouxeram, num prato, a cabeça de João e deram-na à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o corpo e sepultaram-no; depois, foram dar a notícia a Jesus. 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Acreditar e Agir


Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas, imaginando uma forma de chegar até o outro lado, aonde era seu destino. 

Suspirou, profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente, percebeu haver letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras.

Num dos remos estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro, AGIR. Não contendo a curiosidade, perguntou ao barqueiro o motivo daqueles nomes nos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito ACREDITAR, e remou com toda força. O barco começou a dar voltas, sem sair do lugar. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito AGIR, e remou com todo vigor. 

Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo, e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

O barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de AUTOCONFIANÇA. E a margem é a META que desejamos atingir. Para que o barco da AUTOCONFIANÇA navegue seguro e alcance a META pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: ACREDITAR e AGIR.

Não basta apenas ACREDITAR, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também AGIR para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa META. Impulsione os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais, e não se esqueça que, por vezes, será preciso até remar contra a maré.

Evangelho segundo S. Mateus 13,54-58.

Tendo chegado à sua terra, ensinava os habitantes na sinagoga deles, de modo que todos se enchiam de assombro e diziam: «De onde lhe vem esta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não estão todas entre nós? De onde lhe vem, pois, tudo isto?» E estavam escandalizados por causa dele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria e em sua casa.» E não fez ali muitos milagres, por causa da falta de fé daquela gente.


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Momentos Mágicos


Se você ficar aí onde você está, parado, sem fazer nada, não vai conseguir realizar o seu objetivo. E ainda pior: vai deixar de viver toda uma vida que existe lá fora esperando apenas que você abra a porta do seu coração e deixe este medo ou orgulho de lado. 

A vida é simples, alegre, fantástica, porém, muito curta. É por isso que temos que vivermuito intensamente, para não nos arrependermos mais tarde daquilo que não fomos ou não fizemos.

A vida é constituída de momentos mágicos, e assim como a mágica, ela ocorre em um determinado momento, não para sempre.

Muitas pessoas acham que podem deixar para serem felizes amanhã, que hoje é muito difícil. E sempre têm uma desculpa: ou são concursos, ou são provas, vestibulares, ou então é muito trabalho.

Mas quando você decidir viver aquilo que tanto deseja, pode ser que seja tarde demais. Dizem que nunca é tarde demais quando se tem boas ações, mas existem momentos que simplesmente não voltam.

O que adianta você gostar de alguém e não dizer isso para essa pessoa? Ao invés de pensar que essa pessoa poderá vir-lhe atrapalhar, pense no grande apoio que ela pode lhe dar ou oferecer.

Não devemos tirar conclusões precipitadas e muito menos querer adivinhar o que passa pela mente dos outros.

Se você tem medo de uma reação negativa, fica a pergunta bem simples, o que é pior: A verdade que derrama uma lágrima, mas que faz você ir em busca de seus objetivos... Ou a mentira, que simplesmente pára você e que não o deixa ir atrás do que sonha?

O que adianta você querer um trabalho com mais responsabilidade, sem fazer por merecer? Devemos acreditar que podemos conseguir, mas também agir para alcançar o nosso objetivo. Não adianta esperar uma força milagrosa, por que essa não vem sozinha.

Ela vem de dentro de nós, de dentro da nossa mente, de dentro do nosso coração.

É preciso correr riscos na vida. E com isso, todos nós deparamos, sem exceção.

Não adianta querer programar todo o nosso dia de tal maneira, porque sempre acontecerá algo inesperado.

Às vezes, o momento mágico está aí, mas só depende de você deixar que ele aconteça ou não.

Felicidade é serenidade e muitas vezes é a conquista dos nossos esforços. 

Você precisa ter um sonho, pois só assim é que a felicidade fará sentido.

Você pode ter sofrimentos no meio do caminho quem não tem? Mas ao final, você se levanta, com muito mais força e coragem para viver e lutar por aquilo que almeja.

Quem tem medo de enfrentar essa realidade, sofre muito mais, mas quando criar essa coragem sentirá que o tempo passou, e que talvez o que poderia ter sido feito no passado, hoje não adianta mais.

O presente é vivido hoje e se sonhamos com o futuro, devemos começar a construí-lo agora, já, não no amanhã, pois quando esse amanhã chegar, não terá nada reservado. Apenas um vazio, que muitas vezes é frio e silencioso.

Qual será o resultado ou a herança de tudo isso? Remorso, arrependimento, e a certeza de ter desperdiçado momentos mágicos que a vida deu.

Não espere acontecer para acreditar. Construa a base do seu futuro a partir de agora, e seja feliz para o resto da sua vida, sempre se orgulhando de ter feito tudo aquilo que você quis.
Daniel Bruno


Evangelho segundo S. João 11,19-27.

e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão. Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido. Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.» Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.» Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.» Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?» Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.» 

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Morte de um inocente


Eu fui a uma festa, mãe.
Eu lembrei o que você disse.
Você disse para eu não beber e eu não bebi.
Eu me senti orgulhosa de mim,
como você disse que eu me sentiria.
Antes de dirigir, eu não bebi, mãe,
Embora alguns amigos insistissem para que eu bebesse.
Eu agi certo, mãe,
E sei que você sempre esteve certa.

A festa foi acabando, mãe,
E os amigos foram saindo.
Quando eu entrei no carro, eu acreditei que logo chegaria em casa e inteira!
Isso pôr causa do jeito responsável e doce que você me criou.

Eu dei partida, mãe,
E assim que entrei na avenida, 
Um outro carro não me viu, bateu forte e eu fui lançada para fora.

Aqui no solo da avenida, enquanto o socorro não vinha, eu escutei um policial dizer que o outro motorista estava bêbado, mãe,
E agora sou eu que pago pôr isso.
Estou morrendo aqui, mãe. 
Eu gostaria que você chegasse logo.

Como isso pôde me acontecer, mãe? 
Minha vida simplesmente se queimar como um balão?
Há sangue pôr toda parte, mãe, e a maior parte é o meu sangue.
Eu agora escuto o médico dizer que morrerei em poucos minutos.

Eu só queria lhe dizer, mãe,
Jurar que eu não bebi!
Os outros, sim, mãe.
Eles não pensaram.
Aquele que me atingiu, provavelmente estava na mesma festa.
A diferença, mãe, é que ele bebeu e eu é que vou morrer.
Pôr que há gente assim, mãe?
Eles não percebem que podem arruinar a própria vida?
Estou sentindo dores agudas, mãe.
O cara que me atingiu está andando e eu não consigo achar isso justo.
Eu morrendo e tudo que ele faz é ficar parado me olhando.
Diga ao meu irmão para não chorar e para o papai não ficar bravo comigo.

Quando eu partir, mãe,
Ponha flores do campo no meu sepulcro.
Alguém deveria ter avisado esse cara para não beber antes de dirigir.
Se ele não tivesse bebido, eu ainda poderia continuar viva!
Minha respiração está enfraquecendo, mãe. 
Estou ficando com medo.
Pôr favor, não chore pôr mim, mãe.
Sempre que eu precisei, você não falhou.
Eu só tenho uma última pergunta, mãe,
Antes de me despedir:
Eu não bebi antes de dirigir, então pôr que sou eu a morrer?
Este é o fim, mãe.
Eu gostaria de poder olhar nos seus olhos para dizer estas palavras finais:
Eu te amo ...e...adeus ...

Evangelho segundo S. Mateus 13,44-46.

«O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas. Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a pérola.» 

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Todo em tudo


Quando Ketu completou doze anos de idade, foi mandado para um mestre, com o qual estudou até completar vinte e quatro. Ao terminar seu aprendizado, voltou para casa cheio de orgulho.

Disse-lhe o pai:

- Como podemos conhecer aquilo que não vemos? Como podemos saber que Deus, o Todo Poderoso, está em toda parte?

O rapaz começou a recitar as escrituras sagradas, mas o pai o interrompeu:

- Isso é muito complicado; não existe uma maneira mais simples de aprendermos sobre a existência de Deus?

- Não que eu saiba, meu pai. Hoje em dia sou um homem culto, e preciso desta culturapara explicar os mistérios da sabedoria divina.

- Perdi meu tempo e meu dinheiro enviando meu filho ao mosteiro – reclamou o pai. 

E pegando Ketu pelas mãos, levou-o a cozinha. Ali, encheu uma bacia com água, e misturou um pouco de sal. Depois, saíram para passear na cidade.

Quando voltaram para casa, o pai pediu a Ketu:

- Traga o sal que coloquei na bacia. 

Ketu procurou o sal, mas não o encontrou, pois já se havia dissolvido na água. 

- Então não vê mais o sal? – perguntou o pai.

- Não. O sal está invisível. 

- Prova, então, um pouco da água da superfície da bacia. Como está ela?

- Salgada. 

- Prova um pouco da água do meio: como está?

- Tão salgada como a da superfície.

- Agora prova a água do fundo da bacia, e me diz qual o seu gosto.
Ketu provou, e o gosto era o mesmo que experimentara antes. 

- Você estudou muitos anos, e não consegue explicar com simplicidade como o Deus Invisível está em toda parte – disse o pai.

– Usando uma bacia de água, e chamando de “sal” a Deus, eu poderia fazer qualquer camponês entender isso. Por favor, meu filho, esqueça a sabedoria que nos afasta dos homens, e torne a procurar a Inspiração que nos aproxima.

Evangelho segundo S. Mateus 13,36-43.

Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.» 
Ele, respondendo, disse-lhes: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem; 
o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do maligno; 
o inimigo que a semeou é o diabo; a ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os anjos. 
Assim, pois, como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: 
o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade, 
e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. 
Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, oiça!» 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Rotina...


Estou cansada de trabalhar e ver todos os dias as mesmas pessoas no caminho; passar horas trabalhando.

Chego em casa e meu marido sempre do mesmo jeito, com a mesma disposição, a mesma comida para o jantar. Entro no banho e logo ele começa a reclamar.

Quero descansar e assistir minha novela, mas meus filhos não me deixam, porque querem brincar comigo e conversar. Não entendem que estou cansada.

Meus pais também me irritam algumas vezes e entre trabalho, marido, filhos, pais e cuidar da casa, eles me deixam louca. “Quero Paz”. 

A única coisa boa é dormir.

Ao fechar os olhos sinto um grande alívio, me esqueço de tudo e de todos.

- Ao dormir ...

“Olá, vim te ajudar”.
- Quem é você? Como entrou?

-“Sou um servo de Deus. Ele disse que ouviu suas queixas e que você tem razão”.

-Isso não é possível, para isso eu teria que estar...

-“Isso, você está. Não se preocupará mais em ver sempre as mesmas pessoas, nem por aguentar o seu marido com suas reclamações e sua disposição, nem seus filhos que te irritam, nem terá que escutar os conselhos de seus pais e não terá mais qualquer casa para cuidar.”

- Mas... Que acontecerá com todos? Com meu trabalho? Minha casa ? 

-“Não se preocupe. No seu trabalho já contrataram outra pessoa para o seu lugar e ela certamente está muito feliz porque estava sem trabalho”.

- E meu marido, meus filhos?

- “Ao seu marido foi dado uma boa mulher que o quer bem, o respeita e o admira por suas qualidades, aceita seus gostos e defeitos e todas as suas reclamações. Além disso, ela se preocupa com seus filhos como se fossem filhos dela. De certo, tem uma emoção muito grande já que é estéril. Por mais cansada que chegue do trabalho, dedica tempo a brincar com eles e para agradar seu marido. Todos estão muito felizes”.

-Mas não quero isso!
-“Sinto muito, a decisão foi tomada”.
- Mas isso significa que jamais voltarei a beijar o rostinho dos meus filhos, nem dizer “eu te amo” ao meu marido e mostrar a eles o quanto são importantes na minha vida, nem dar um abraço nos meus pais.

- Não, não quero morrer, quero viver, envelhecer junto ao meu marido, fazer a viagem que há muito planejamos, colocar aquela roupa que comprei há mais de 1 ano, levar meus filhos ao passeio que sempre prometi. Não quero morrer ainda...

- “ Mas era o que você queria... Descansar.
Agora já tens seu descanso eterno, durma para sempre”.
- Não, não quero, por favor, Deus!

- ..... “ Que aconteceu amor? Teve um pesadelo?” Disse meu marido me acordando com paciência e carinhosamente.

- Sim, um pesadelo horrível.... Parei a frase ao meio, olhei em seu rosto, seu semblante preocupado comigo, ali do meu lado, e então, sorrindo falei:
- Não meu amor.... não tive pesadelo nenhum, tive um encontro com Deus, que nos adora, e que acaba de me dar uma nova oportunidade.

Evangelho segundo S. Mateus 13,31-35.

Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos.» Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» Tudo isto disse Jesus, em parábolas, à multidão, e nada lhes dizia sem ser em parábolas. Deste modo cumpria-se o que fora anunciado pelo profeta: Abrirei a minha boca em parábolas e proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo. 

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A verdadeira amizade


Você já parou para pensar sobre o que é a verdadeira amizade?

A palavra amigo é usada de maneira muito ampla pela maioria de nós.

Apresentamos como amigos os colegas de escola ou de faculdade; os colegas de trabalho, os amigos que conosco praticam esporte, ou aqueles com quem nos relacionamos em várias atividades.

E é bom que assim seja, pois ao chamarmos de amigos, de alguma forma os aceitamos, e passamos a tentar conviver bem com eles.

Mas será que esses são os nossos verdadeiros amigos? Será que nós somos os verdadeiros amigos dessas pessoas?

Nossos verdadeiros amigos têm uma real conexão conosco. São aqueles que realmente gostam de nós e de quem nós gostamos verdadeiramente.

O verdadeiro amigo nos aceita como somos, mas não deixa de nos dar conselhos para que mudemos, sempre para melhor. E nós aceitamos esses conselhos porque sabemos que vêm de quem se importa conosco.

O verdadeiro amigo se alegra com nossas alegrias, com nossos sucessos, e torce pela realização de nossos sonhos.

O verdadeiro amigo preocupa-se quando estamos tristes e, frente a situações difíceis para nós, está sempre disposto a ajudar.

O verdadeiro amigo não precisa estar presente em nossas vidas todos os dias, mas sabemos que está ao nosso alcance quando sentirmos saudades, quando quisermos saber se ele está bem, ou quando precisarmos dele.

Distâncias não encerram amizades sólidas, em uma época onde a comunicação é tão fácil. Mas, mesmo sem um contato constante, o sentimento de afeto não se abala.

É do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, a famosa frase: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

Se cativamos um amigo, então somos responsáveis por essa amizade. Devemos saber retribuir as atenções e o carinho recebidos, com a mesma dedicação.

Afinal, a real amizade é como uma estrada de duas mãos: nos dois sentidos os sentimentos são semelhantes.

Com o verdadeiro amigo temos a chance de praticar o real amor para
com o próximo, ainda tão difícil de praticar com todos, como Jesus recomendou.

Temos a chance de praticar o perdão, pois nosso caro amigo tem o direito de errar como qualquer ser humano o tem. E, se errar conosco, que o perdoemos, pois amanhã talvez sejamos nós a pedir perdão.

Jesus e Seus apóstolos formaram um grupo de dedicados amigos. Muitos deles, sem se conhecerem previamente, desenvolveram, naqueles curtos três anos da pregação do Mestre, uma amizade que duraria até o fim de suas vidas.

Quando, após a morte de Jesus, se viram aparentemente sozinhos, ajudaram-se mutuamente, deram forças uns aos outros para a dura missão que teriam pela frente.

Amigos são verdadeiros presentes que Deus nos dá. Muitas vezes são antigos companheiros de jornada que reencontramos, para que continuemos juntos, nos apoiando nesta nova caminhada.

Não busquemos quantidade, mas, sim, a qualidade, certos de que a verdadeira amizade deve ser cultivada e cuidada como algo de real valor em nossa vida, algo que não nos pode ser tirado, e que levaremos conosco eternamente.

Evangelho segundo S. Mateus 13,18-23.

«Escutai, pois, a parábola do semeador. Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente à beira do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.» 

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ame enquanto é tempo


Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor. Há pouco tempo decidi sair com outra mulher. Na realidade foi idéia da minha esposa. “Você sabe que a ama”, disse minha esposa, um dia me pegando de surpresa. “A vida é muito curta e você deve dedicar um tempo especial a essa mulher” completou ela. A outra mulher a quem minha esposa estava se referindo, era a minha mãe, uma senhora viúva há 19 anos. 

As exigências do meu trabalho e meus filhos faziam que eu a visitasse ocasionalmente. Nessa mesma noite eu a convidei para jantar e ir ao cinema. 

”O que você tem? Você está bem?” Perguntou-me ela após o convite. (Minha mãe é do tipo que uma chamada tarde, ou um convite surpresa é indicio de más noticias). “pensei que seria agradável passar algum tempo só nós dois” respondi. Ela refletiu um momento e disse sorrindo : ”Isso ia me agradar muitíssimo!”

Depois de alguns dias, eu estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho. Eu estava um tanto ansioso...uma ansiedade que antecede um primeiro encontro... E que coisa interessante... Pude notar que ela estava muito emocionada. Esperava-me na porta. Havia feito um penteado e usava o vestido que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto irradiava luz, como um anjo! Eu disse para minhas amigas que ia sair com você, e elas ficaram muito impressionadas... comentou ela enquanto subia no carro.

Fomos a um restaurante não muito elegante, mas muito aconchegante. Minha mãe agarrou-se no meu braço como se fosse a primeira dama. Quando nos sentamos, tive de ler o menu para ela. Mamãe, que estava sentada do outro lado da mesa e me olhava fixamente, me disse com um sorriso nostálgico nos lábios: “ Era eu quem lia o menu quando você era pequeno”. “Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor” respondi. Durante o jantar tivemos uma agradável conversa. Nada extraordinário, só colocando a vida em dia. Falamos tanto que perdemos a horário do cinema. “Sairei com você novamente só se você permitir que eu pague da próxima vez”, disse minha mãe quando a fui levar em casa.

Eu concordei. “Como foi o encontro?” perguntou minha esposa ansiosa. “Muito agradável. Muito mais do que eu poderia imaginar!” Respondi.

Dias mais tarde minha mãe faleceu de um infarte fulminante. Tudo foi tão rápido, que não pude fazer nada.

Depois de algum tempo, recebi do restaurante onde havíamos jantado, um envelope com cópia de um cheque e uma nota que dizia: ”O jantar que teríamos, paguei antecipado. Estava quase certa de que eu poderia não estar ali com você e, por isso, paguei e quero que você vá com a sua esposa. Jamais poderá entender o que aquela noite significou para mim. Seja sempre assim. Te amo!”

Nesse momento compreendi a importância de dizer “EU TE AMO”, e de dar aos nossos entes queridos o espaço que merecem. Nada na vida será mais importante que as pessoas que você ama.

Dedique seu tempo a elas porque, talvez, elas não possam esperar... Reflita e veja como você tem dividido o seu tempo.

Será que tem dedicado uma parte do seu tempo as pessoas que você ama? Faça isso antes que seja tarde demais...


Evangelho segundo S. João 20,1-2.11-18.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Maria estava junto ao túmulo, da parte de fora, a chorar. Sem parar de chorar, debruçou-se para dentro do túmulo, e contemplou dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha estado o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés. Perguntaram-lhe: «Mulher, porque choras?» E ela respondeu: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram.» Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus, de pé, mas não se dava conta que era Ele. E Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? Quem procuras?» Ela, pensando que era o encarregado do horto, disse-lhe: «Senhor, se foste tu que o tiraste, diz-me onde o puseste, que eu vou buscá-lo.» Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela, aproximando-se, exclamou em hebraico: «Rabbuni!» que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai; mas vai ter com os meus irmãos e diz-lhes: 'Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus.'» Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: «Vi o Senhor!» E contou o que Ele lhe tinha dito.