terça-feira, 31 de agosto de 2010

A arte dos elogios

Pesquisadores da universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, realizaram um estudo com dez mil executivos Seniors para medir o poder da amizade na qualidade de vida dos americanos.

O resultado foi impressionante: ter amigos reduzia em nada menos que 50% o risco de morte, sobretudo por doenças, num período de cinco anos. Estas informações foram publicadas por um jornal carioca, recentemente, nos convidam a pensar a respeito das amizades que cultivamos.

Muitos de nós temos facilidades para fazer novos amigos. Mas, nem sempre temos habilidade suficiente para manter essas amizades. É que, pelo grau de intimidade que os amigos vão adquirindo em nossas vidas, nos esquecemos de os respeitar.

Assim, num dia difícil, acreditamos que temos o direito de gritar com o amigo. Afinal, com alguém devemos desabafar a raiva que nos domina. Porque estamos juntos muitas horas, justamente por sermos amigos, nos permitimos usar para com eles de olhares agressivos, de palavras rudes.

Ou então, usamos os nossos amigos para a lamentação constante. Todos os dias, em todos os momentos em que nos encontramos, seja para um lanche, um passeio, uma ida ao teatro ou ao cinema, lá estamos nós, usando os ouvidos dos nossos amigos como lixeira.

É isso mesmo. Despejando neles toda a lama da nossa amargura, das nossas queixas, das nossas reclamações. Quase sempre, produto da nossa forma pessimista de ver a vida. Sim, nossos amigos devem saber das dificuldades que nos alcançam para nos poderem ajudar. O que não quer dizer que devamos estragar todos os momentos de encontro, de troca de afetos, com os nossos pedidos, a nossa tristeza.

Os amigos também têm suas dificuldades e para nos alegrar, procuram esquecê-las e vêm, com sua presença, colocar flores na nossa estrada árida. Outras vezes, nos permitimos usar nossos amigos para brincadeiras tolas, até de mau gosto. Acreditando que eles, por serem nossos amigos, devem suportar tudo. E quase sempre nos tornamos inconvenientes e os machucamos.

Por isso, a melhor fórmula para fazer e manter amigos é usar a gentileza, a simpatia, a doçura no trato com as pessoas.

Lembremos que a amizade, como o amor, necessita ser alimentada como as plantas do nosso jardim. Por isso a amizade necessita, para se manter da terra fofa da bondade, do sol do afeto, da chuva da generosidade, da brisa leve dos pequenos gestos de todos os dias.

***

Usa a cortesia nos teus movimentos e ações, gerando simpatia e amizade.

Podes começar no teu ambiente de trabalho. Os que trabalham contigo merecem a tua consideração e o teu respeito.

Torna-os teus amigos. Por isso, no trato com eles, usa as expressões: por favor, muito obrigado.

Lembra-te de dizer bom dia, com um sorriso, desejando de verdade que eles todos tenham um bom dia.

Observa e ajuda quanto puderes, gerando clima de simpatia.

Sê amigo de todos e espalha o perfume da amizade por onde vás e onde estejas.
 
Evangelho segundo S. Lucas 4,31-37.

Desceu, depois, a Cafarnaúm, cidade da Galileia, e a todos ensinava ao sábado. E estavam maravilhados com o seu ensino, porque falava com autoridade. Encontrava-se na sinagoga um homem que tinha um espírito demoníaco, o qual se pôs a bradar em alta voz: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus!» Jesus ordenou-lhe: «Cala-te e sai desse homem!» O demónio, arremessando o homem para o meio da assistência, saiu dele sem lhe fazer mal algum. Dominados pelo espanto, diziam uns aos outros: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!» A sua fama espalhou-se por todos os lugares daquela região. 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O potencial de cada um

Conta-se que, certa vez, os animais de uma floresta que estava sendo devastada pelos homens se reuniram para discutir os seus problemas.

Decidiram, após amplos debates, que a coisa mais importante a fazer seria criar uma escola.

Organizaram um currículo que objetivava desenvolver as habilidades de voar, saltar, nadar, correr e escalar. Todas consideradas necessárias e importantes para quem vive em uma floresta.

No entanto, apesar de terem utilizado métodos muito avançados, o desempenho dos alunos não foi dos melhores e a maioria conseguiu apresentar rendimento satisfatório em apenas uma ou duas habilidades.

O pato foi excelente em natação mas apenas razoável em voos e péssimo em corridas.

Para melhorar em corrida treinou tanto que gastou suas patas e não conseguiu nadar como antes, baixando seu aproveitamento em natação.

O coelho, que vinha se destacando em corrida, desde o início do curso, acabou sofrendo um colapso de tanto se esforçar para melhorar em natação.

A capivara, que nadava e corria muito bem, acabou se esborrachando ao tentar voar. O susto foi tão grande que ela ficou traumatizada e não conseguiu mais nem correr, nem nadar.

Os pássaros, por sua vez, protestaram, desde a criação da escola, porque a habilidade de cantar não estava incluída no currículo.

Para eles, o canto era de importância fundamental para a qualidade de vida na floresta.

Quando o currículo todo foi dado, o único animal que concluiu o curso e fez o discurso de formatura foi a enguia.

Não que ela tivesse maiores habilidades. Em verdade, ela não se esmerara em nada e conseguira fazer um pouco de todas as matérias mais ou menos pela metade.

* * *

Com certeza, ao imaginarmos uma capivara tentando voar ou um coelho se dedicando à natação, rimos da história.

Mas, se olharmos ao nosso redor, vamos nos dar conta de que, por vezes, agimos exatamente como os animais da escola da floresta.

É quando tentamos considerar todas as pessoas iguais, destruindo o potencial da criatura de ser ela mesma.

Assim é quando, na posição de pais, insistimos com nosso filho para que siga determinada profissão.

Ele adora dançar mas nós lhe dizemos que isso não lhe conferirá uma carreira de sucesso e insistimos para que abrace a profissão que toda a família segue.

Até mesmo porque ele deve dar continuidade à tradição ou assumir o negócio da família, logo mais.

Por isso é que algumas empresas de tradição, em determinado momento, passando a ser administradas por quem não tem potencial nem vontade para o tipo de negócio, acabam por desaparecer.

Ou então, a pessoa desenvolve as habilidades que lhe são exigidas, mas nunca será um profissional de qualidade. Isso porque não ama o que faz.

E se transformará em uma criatura frustrada, infeliz, sempre reclamando de tudo e de todos.

Pensemos nisso e passemos a valorizar mais a habilidade e o potencial de cada um.

Lembremos que a natureza é tão exuberante exatamente pelas diferenças que apresenta nos reinos mineral, vegetal, animal onde cada um é especial e desempenha, na Terra, a missão que o Divino Criador lhe confiou.
 
Evangelho segundo S. Lucas 4,16-30.

Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler. Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.» Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» Todos davam testemunho em seu favor e se admiravam com as palavras repletas de graça que saíam da sua boca. Diziam: «Não é este o filho de José?» Disse-lhes, então: «Certamente, ides citar-me o provérbio: 'Médico, cura-te a ti mesmo.' Tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaúm, fá-lo também aqui na tua terra.» Acrescentou, depois: «Em verdade vos digo: Nenhum profeta é bem recebido na sua pátria. Posso assegurar-vos, também, que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou durante três anos e seis meses e houve uma grande fome em toda a terra; contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, mas sim a uma viúva que vivia em Sarepta de Sídon. Havia muitos leprosos em Israel, no tempo do profeta Eliseu, mas nenhum deles foi purificado senão o sírio Naaman.» Ao ouvirem estas palavras, todos, na sinagoga, se encheram de furor. E, erguendo-se, lançaram-no fora da cidade e levaram-no ao cimo do monte sobre o qual a cidade estava edificada, a fim de o precipitarem dali abaixo. Mas, passando pelo meio deles, Jesus seguiu-o seu caminho. 

domingo, 29 de agosto de 2010

A lição das gaivotas

Um enorme transatlântico partiu de movimentado porto rumo a outro continente. Do convés, os passageiros acenavam lenços e agitavam mãos, em manifestações de adeuses.

No porto, muitas pessoas acenavam igualmente e lançavam beijos ao ar, num misto de antecipada saudade e carinho.

Pouco depois, os que se encontravam no convés, ainda observando os que permaneciam em terra, puderam constatar uma nuvem de gaivotas prateadas acompanhando o imenso navio.

O seu voo atraiu a atenção de quase todos, tanto pela algazarra que promoviam, quanto pelo capricho de suas voltas, ao redor da enorme máquina concebida pelo homem.

Passada uma meia hora de viagem, o tempo se tornou ameaçador. Ondas de espuma se levantavam ao açoitar dos ventos violentos.

Esboçou-se no firmamento uma tremenda tempestade. Com suas possantes máquinas, o navio cortava as vagas agitadas e parecia fazê-lo com dificuldade, dada a presença dos elementos da natureza em convulsão.

Um dos poucos viajantes que até então permanecia no tombadilho, contemplou as aves a voejar e as lastimou.

Como podiam elas, com suas asas tão débeis, lutar contra o tufão, desamparadas nos céus? Elas nada tinham além do próprio corpo para o enfrentar.

Suas asas resistiriam ao vento implacável, se o possante navio, com suas máquinas que representam milhares de cavalos resistia com dificuldade ao tempo torrencial?

De repente, aquele homem que estava tão compadecido das avezinhas do mar, ficou perplexo. É que as pequenas gaivotas, estendendo as asas que Deus lhes deu, abandonaram o navio na tempestade e se ergueram acima da tormenta, passando a voar numa região serena dos ares.

E a máquina, representando a ciência humana, prosseguiu na sua luta penosa para resistir à fúria dos elementos.

* * *

Em nossas vidas ocorre de forma semelhante. Quando pretendemos lutar unicamente com nossos próprios meios, encontramos o fustigar dos ventos das dificuldades atrozes, que vergastam a alma e maceram o corpo.

Contudo, se utilizarmos os recursos da oração alcançaremos as possibilidades das asas das gaivotas.

Pelas asas poderosas da prece, o homem pode se elevar acima das tempestades do cotidiano e voar placidamente.

Envolvidos pelas luzes da prece, alcançaremos regiões que o vendaval das paixões inferiores não alcança.

Fortificados pela oração, enfrentaremos o mar agitado dos problemas, a fúria das vicissitudes, e chegaremos ao porto seguro que todos almejamos.

* * *

Quando o triunfo nos alcançar ou quando sofrermos aparentes quedas, busquemos Jesus e falemos sem palavras ao Seu coração de Mestre e Amigo.

Condutor vigilante de nossas almas, Ele assumirá o leme da frágil embarcação das nossas vidas, permitindo-nos singrar o mar agitado das nossas dores, com coragem e segurança.

A medida ideal será sempre orar antes de agir, a fim de evitar que procedamos de forma imprevidente, o que nos conduziria ao desespero e a maior soma de dores.
 
Evangelho segundo S. Lucas 14,1.7-14.

Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos o observavam. Observando como os convidados escolhiam os primeiros lugares, disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete, não ocupes o primeiro lugar; não suceda que tenha sido convidado alguém mais digno do que tu, venha o que vos convidou, a ti e ao outro, e te diga: 'Cede o teu lugar a este.' Ficarias envergonhado e passarias a ocupar o último lugar. Mas, quando fores convidado, senta-te no último lugar; e assim, quando vier o que te convidou, há-de dizer-te: 'Amigo, vem mais para cima.' Então, isto será uma honra para ti, aos olhos de todos os que estiverem contigo à mesa. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado.» Disse, depois, a quem o tinha convidado: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os teus vizinhos ricos; não vão eles também convidar-te, por sua vez, e assim retribuir-te. Quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. E serás feliz por eles não terem com que te retribuir; ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.»

sábado, 28 de agosto de 2010

Que mundo maravilhoso

Eu vejo árvores verdes, rosas vermelhas também, 
eu vejo-as florescer para eu e você 
e eu penso comigo mesmo:
"Que mundo maravilhoso!"

Eu vejo céus azuis e nuvens brancas, 
o resplandescente dia abençoado, 
a escura noite sagrada,
e eu penso comigo mesmo:
"Que mundo maravilhoso!"

As cores do arco-íris, tão lindas no céu, 
estão também nos rostos 
das pessoas passando ao lado.
Eu vejo amigos apertando as mãos, dizendo:
"Como vai você?"
Eles realmente estão dizendo
"Eu amo você".

Eu ouço bebês chorando, 
eu observo-os crescerem.
Eles aprenderão muito mais 
do que eu jamais saberei.
E eu penso comigo mesmo:
"Que mundo maravilhoso!"
Sim, eu penso comigo mesmo:
"Que mundo maravilhoso!"
                                                                                              (Louis Armstrong)

Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.

«Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.’ O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.’ Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’» 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Erro coletivo


É comum ouvir alguém reclamar a respeito da presença de uma pessoa complicada em sua vida.

Pode ser algum parente, vizinho ou colega de trabalho.

Em geral, está presente o raciocínio de que a vida seria boa sem os problemas trazidos por aquela pessoa.

Por vezes, há até alguma indignação com quem tem dificuldades físicas ou psíquicas.

Quem é convocado ao auxílio e à compreensão não raro se sente indignado.

Entretanto, urge refletir que a Lei Divina é perfeita.

Ela estabelece a felicidade e o equilíbrio como naturais resultados da observação de seus preceitos.

Por outro lado, toda violação dos estatutos cósmicos enseja problemas.

Contudo, o erro raramente é individual.

O defraudamento dos deveres de honestidade, pureza e respeito ao semelhante costuma surgir de um contexto complexo.

Quando alguém comete desatinos, de ordinário tal se dá sob o influxo de vários envolvidos.

Esses podem ser os pais, que não cumpriram a contento seu dever de educação.

Deixaram-se levar por múltiplos afazeres e não deram ao filho a atenção e as orientações necessárias.

Ou então, foram amigos que incentivaram ao vício.

Quem sabe, irmãos ou outros parentes que deram maus exemplos.

Talvez, um namorado ou namorada que fez falsas promessas e gerou grande dor moral.

O certo é que poucas vezes alguém erra sozinho, sem a influência de terceiros.

Ocorre que é da lei que quem cai junto se reerga em conjunto.

Os partícipes do erro são naturalmente convocados a auxiliar no reajuste.

Conforme o grau de sua participação na derrocada moral, devem colaborar no soerguimento.

Assim, a presença de alguém complicado em sua vida não é uma injustiça e nem fruto do acaso.

Justamente por isso, não procure saídas fáceis ou desonrosas.

Libertar-se de uma situação constringente não é o mesmo que fugir dela.

A Lei Divina é perfeita e ninguém consegue ludibriá-la.

A atitude de fuga apenas denota rebeldia e complica a situação do devedor.

Para se libertar de semelhante conjuntura adversa, somente mediante o exercício da fraternidade.

Faça o seu melhor no auxílio aos que o rodeiam.

Ampare física e moralmente os que se apresentam frágeis e viciados, do corpo e da alma.

Saiba que a paz em sua vida será o resultado natural da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.

E, principalmente, cuide para não induzir ninguém a trilhar caminhos indignos.

Preste atenção no que diz e faz, a fim de não ser partícipe de atos torpes.

Muitos testemunham seus atos e palavras e podem ser influenciados por eles.

Mesmo sem desejar, você pode assumir graves responsabilidades e complicar seu futuro.

Pense nisso.

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13.

«O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo. Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes. As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo; enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias. Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram. A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!’ Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias. As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.’ Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.’ Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor, abre-nos a porta!’ Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço.’ Vigiai, pois, porque não
sabeis o dia nem a hora. 




quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Todo dia existe Deus


Um dia me perguntaram se eu acreditava em Deus.
Eu então lhes respondi da maneira como eu pensava.
Entre a lua e as estrelas num galope, num tropel,
Pisando nas nuvens brancas eu vi Deus passar no Céu.

Todo dia existe Deus...
No sorriso da criança, no canto dos passarinhos,
No olhar, na esperança...

Todo dia existe Deus...
Na harmonia das cores, na natureza esquecida,
Na fresca aragem da brisa, na própria essência da vida...

Todo dia existe Deus...
No regato cristalino, pequeno servo do mar,
Nas ondas lavando as praias, na clara luz do luar...

Todo dia existe Deus...
Na escuridão do infinito, todo ponteado de estrelas,
Na amplidão do universo, no simples prazer de vê-las...

Todo dia existe Deus...
Nos segredos desta vida, no germinar da semente,
Nos movimentos da Terra, que gira incessantemente...

Todo dia existe Deus...
No orvalho sobre a relva, na natureza que encanta,
No cheiro que vem da terra, e no sol que se levanta...

Todo dia existe Deus...
Nas flores que desabrocham perfumando a atmosfera,
Nas folhas novas que brotam anunciando a primavera...

Deus é capaz, Deus é paz,
Deus é a esperança, é o alento do aflito,
O Criador do Universo, da luz, do ar, da aliança...

Deus é a justiça perfeita, que emana do coração.
Ao perdoar quem ofende, Ele é o próprio perdão...

Será que você não viu ainda o rosto de Deus
No colorido mais belo dos olhos dos filhos seus?

Deus é constante e perene, é Divino, de tal sorte
Que sendo a essência da vida é o descanso na morte...

Não há vida sem a volta e não há volta sem vida.
A morte não é a morte, é só a porta da vida...

Todo dia existe Deus...
No ciclo da natureza, neste ir e vir constante,
No broto que se renova, na vida que segue adiante,
Em quem semeia bondade, em quem ajuda o irmão
Colhendo felicidade, cumprindo a sua missão...

Todo dia existe Deus...
No suor de quem trabalha, no calo duro das mãos,
No homem que planta o trigo, no trigo que faz o pão,

Você pode sentir Deus dentro do seu coração...


Evangelho segundo S. Mateus 24,42-51.

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.» «Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo? Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens. Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor está a demorar’, e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece; vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.» 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Reza por todos


Reza por todos

e, quando notares erros

ou defeitos em certas pessoas,

implora para elas a graça de se corrigirem

e santificarem; compadece-te delas e pede ao Senhor

que as torne melhores: se não estiverem bem com Deus,

reza para que Ele tenha piedade delas

e as tire do estado em que se encontram.

Apresentando-se uma oportunidade,

ajuda-as com teu conselho

e preocupa-te com suas necessidades...


Madre Clélia Merloni

Evangelho segundo S. Mateus 23,27-32.

Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície! Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que edificais sepulcros aos profetas e adornais os túmulos dos justos, dizendo: 'Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas!’ Deste modo, confessais que sois filhos dos que assassinaram os profetas. Acabai, então, de encher a medida dos vossos pais! 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O potencial de cada um


Conta-se que, certa vez, os animais de uma floresta que estava sendo devastada pelos homens se reuniram para discutir os seus problemas.

Decidiram, após amplos debates, que a coisa mais importante a fazer seria criar uma escola.

Organizaram um currículo que objetivava desenvolver as habilidades de voar, saltar, nadar, correr e escalar. Todas consideradas necessárias e importantes para quem vive em uma floresta.

No entanto, apesar de terem utilizado métodos muito avançados, o desempenho dos alunos não foi dos melhores e a maioria conseguiu apresentar rendimento satisfatório em apenas uma ou duas habilidades.

O pato foi excelente em natação mas apenas razoável em voos e péssimo em corridas.

Para melhorar em corrida treinou tanto que gastou suas patas e não conseguiu nadar como antes, baixando seu aproveitamento em natação.

O coelho, que vinha se destacando em corrida, desde o início do curso, acabou sofrendo um colapso de tanto se esforçar para melhorar em natação.

A capivara, que nadava e corria muito bem, acabou se esborrachando ao tentar voar. O susto foi tão grande que ela ficou traumatizada e não conseguiu mais nem correr, nem nadar.

Os pássaros, por sua vez, protestaram, desde a criação da escola, porque a habilidade de cantar não estava incluída no currículo.

Para eles, o canto era de importância fundamental para a qualidade de vida na floresta.

Quando o currículo todo foi dado, o único animal que concluiu o curso e fez o discurso de formatura foi a enguia.

Não que ela tivesse maiores habilidades. Em verdade, ela não se esmerara em nada e conseguira fazer um pouco de todas as matérias mais ou menos pela metade.

* * *

Com certeza, ao imaginarmos uma capivara tentando voar ou um coelho se dedicando à natação, rimos da história.

Mas, se olharmos ao nosso redor, vamos nos dar conta de que, por vezes, agimos exatamente como os animais da escola da floresta.

É quando tentamos considerar todas as pessoas iguais, destruindo o potencial da criatura de ser ela mesma.

Assim é quando, na posição de pais, insistimos com nosso filho para que siga determinada profissão.

Ele adora dançar mas nós lhe dizemos que isso não lhe conferirá uma carreira de sucesso e insistimos para que abrace a profissão que toda a família segue.

Até mesmo porque ele deve dar continuidade à tradição ou assumir o negócio da família, logo mais.

Por isso é que algumas empresas de tradição, em determinado momento, passando a ser administradas por quem não tem potencial nem vontade para o tipo de negócio, acabam por desaparecer.

Ou então, a pessoa desenvolve as habilidades que lhe são exigidas, mas nunca será um profissional de qualidade. Isso porque não ama o que faz.

E se transformará em uma criatura frustrada, infeliz, sempre reclamando de tudo e de todos.

Pensemos nisso e passemos a valorizar mais a habilidade e o potencial de cada um.

Lembremos que a natureza é tão exuberante exatamente pelas diferenças que apresenta nos reinos mineral, vegetal, animal onde cada um é especial e desempenha, na Terra, a missão que o Divino Criador lhe confiou.

Evangelho segundo S. João 1,45-51.

Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José de Nazaré.» Então disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!» Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.» Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!» Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!» E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.» 

Da Bíblia Sagrada 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ser Feliz

Ser feliz é muito mais do que chamam de felicidade
Ser feliz é sair sem rumo, é observar o mundo,
é sorrir para um desconhecido, é estender a mão
sem esperar nada em troca.

Ser feliz é tomar um sorvete e se lambuzar como
uma criança, é se apaixonar e ligar o dia inteiro
apenas para saber se seu amor esta bem.

É dar valor à vida e aproveitar estar ao lado de
pessoas que são suas raízes.

Ser feliz é sorrir a toa, é poder manifestar todos os sentimentos, não ter vergonha de chorar e se alguém lhe
disser que chorar é feio e que nunca chorou, pergunte a
este alguém qual foi sua manifestação quando o
médico lhe deu uma palmadinha ao nascer!

Ser feliz não tem preço, o sol, o luar, a vida, o amor,
o vento, o carinho, a amizade, nada se compra tudo se conquista, ser feliz é conquistar!

Ser feliz é sonhar e realizar é buscar
e encontrar e acima de tudo acreditar.

É dedicar tempo para vida, é viver o hoje,
é cultivar o ontem e plantar o amanhã.

E mais do que tudo, ser feliz é perdoar,
e jamais guardar mágoas.

Então seja feliz, muito feliz!

Evangelho segundo S. Mateus 23,13-22.

Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o Reino do Céu! Nem entrais vós nem deixais entrar os que o querem fazer. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas, com o pretexto de prolongadas orações! Por isso, sereis mais rigorosamente julgados. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito e, depois de o terdes seguro, fazeis dele um filho do inferno, duas vezes pior do que vós! Ai de vós, guias cegos, que dizeis: 'Se alguém jura pelo santuário, isso não tem importância; mas, se jura pelo ouro do santuário, fica sujeito ao juramento.’ Insensatos e cegos! Que é o que vale mais? O ouro ou o santuário, que tornou o ouro sagrado? Dizeis ainda: 'Se alguém jura pelo altar, isso não tem importância; mas, se jura pela oferta que está sobre o altar, fica sujeito ao juramento.’ Cegos! Qual é o que vale mais? A oferta ou o altar, que torna sagrada a oferta? Portanto, jurar pelo altar é o mesmo que jurar por ele e por tudo o que está sobre ele; jurar pelo santuário é jurar por ele e por aquele que nele habita; jurar pelo Céu é jurar pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado. 

sábado, 21 de agosto de 2010

A Agenda da felicidade

O sorriso... é o cartão de visita das pessoas saudáveis. 
Distribua-o gentilmente. 

O diálogo... é a ponte que liga as duas margens, do eu à do tu. 
Transmite-o bastante. 

O amor... é a melhor música na partitura da vida. 
Sem ele, você será um(a) eterno(a) desafinado(a). 

A bondade... é a flor mais atraente do jardim de um coração bem cultivado. 
Plante estas flores. 

A alegria... é o perfume gratificante, fruto do dever cumprido. 
Esbanje-o, o mundo precisa dele. 

A paz da consciência... é o melhor travesseiro para o sono da tranqüilidade.
Viva em paz consigo mesmo. 

A fé... é a bússola certa para os navios errantes, incertos, 
buscando as praias da eternidade. 
Utilize-a sempre. 

A esperança...é o vento bom enfunando as velas do nosso barco. 
Chame-o para dentro do seu cotidiano. 

Acreditamos que com essa agenda... 
a felicidade pode ser a companheira e aliada para tocar o barco da vida. 

Evangelho segundo S. Mateus 23,1-12.

Então, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: «Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos. Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas. Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres’ pelos homens. Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres’, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis 'Pai’, porque um só é o vosso 'Pai’: aquele que está no Céu. Nem permitais que vos tratem por 'doutores’, porque um só é o vosso 'Doutor’: Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado. 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os dons da vida

A vida não é acaso, teve o seu grande Arquiteto,
Que nos criou como irmãos, com carinho e muito afeto,
Nos criou à sua imagem e naquele momento dizia:
"Vão ter tudo que quiserem para passarem seus dias".

Olhando um mundo tão belo, falar quase não puderam,
Passaram o dia pensando: que tanta coisa nos deram!
Um chão coberto de flores, árvores e passarinhos,
O vento cortando a mata e rio cantando baixinho.

Um sol bonito ajudando as plantas verdes crescerem,
E terra boa, tão fértil, para todos sobreviverem;
Uma lua fina e bonita, que a noite nós vamos ver,
Estrelas no firmamento mostram a grandeza do ser.

A força bruta nos deram para o trabalho pesado,
Nos deram coragem e calma e do saber fomos dotados;
Nos deram coisa sublime que só o homem a tem,
A maravilha do mundo: o amor que o ser detém .

Porém a mais importante, a coisa bela e sagrada,
Que o Deus da vida nos deu não nos pedindo nada,
Não importando a cor, raça ou mesmo a idade,
O dom mais precioso da vida: a sonhada liberdade.

Liberdade que não é somente o ir e o vir,
É também poder falar, comer, beber e vestir,
Poder levar a família um dia pra passear,
Ter o direito sagrado de sorrir e trabalhar.

Se no Nordeste isto temos, sentimos e praticamos,
Que até podemos dizer: que povo feliz somos!
Temos a opção de sentir, olhar e nada fazer,
Ficar de braços cruzados, esperando só morrer.

Os dons da vida nós temos na força da natureza,
Porém não terão valia se só servirem à riqueza.
Façam o bem não façam o mal , façam a coisa acontecer,
Se todos fizerem isto, certamente vão vencer.

Evangelho segundo S. Mateus 22,34-40.

Constando-lhes que Jesus reduzira os saduceus ao silêncio, os fariseus reuniram-se em grupo. E um deles, que era legista, perguntou-lhe para o embaraçar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?» Jesus disse lhe: Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.» 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Você está no leme

Quando vemos, em alto mar, uma embarcação navegando ao sabor do vento, o que nos vem à mente? 
 
Por suposição, diremos que é um barco à deriva, sem mãos fortes para conduzir o leme. 
 
Todavia, quando o timoneiro assume o seu posto, a embarcação segue o rumo que ele definir. 
 
Assim também acontece com a barca das nossas existências. 
 
Se deixamos que os ventos e tempestades definam os rumos que deveremos seguir, fatalmente teremos surpresas desagradáveis pela frente. 
 
Se, ao contrário, seguramos o leme e conduzimos a barca guiando-nos pela bússola da razão e dos sentimentos nobres, certamente chegaremos a um porto seguro. 
 
Há pessoas que navegam os mares da existência sem se preocuparem com a direção que tomam. São facilmente empurradas pelos ventos da cobiça, da ambição desmedida, dos prazeres enganadores, da vaidade sem limites. 
 
E, quando sentem que perderam o rumo, se desesperam e se revoltam contra Deus e contra todos, tentando justificar a falta de cuidados e de previdência. 
 
Há os que se dizem fracos para conduzir o leme e deixam que o barco adentre a neblina escura da depressão, da melancolia, do desespero e, por fim, mergulham nos abismos do suicídio. 
 
Esses terão que emergir, mais cedo ou mais tarde, suportando as dores dos ferimentos graves, provocados pela queda infeliz e inconsequente. 
 
Há, ainda, aqueles que querem chegar ao destino em primeiro lugar. Atropelam os demais navegadores, destróem suas barcas e não se importam com o que venha a acontecer com os demais. 
 
Queimam o combustível da saúde, usam de má fé para conseguir a melhor posição, penhoram a dignidade por um lugar de destaque. Esses não vão muito longe sem graves prejuízos. 
 
Mas, nesse grande mar da vida, há navegantes previdentes e sábios que seguem com cuidado e perseverança. O barco das suas existências jamais fica à deriva. 
 
Resistem com bravura às tempestades mais ameaçadoras e não se deixam levar pelos ventos fortes do desespero. 
 
Sabem que cada um deve conduzir sua embarcação e, ao mesmo tempo, ajudar aos demais navegantes para que todos cheguem bem ao destino. 
 
* * * 
 
Você está no leme. 
 
Você, e somente você conduz a sua embarcação. 
 
Seus atos lhe pertencem, seus vícios, suas virtudes... 
 
O barco da sua vida seguirá pela rota que você traçar. 
 
E jamais se esqueça de que a sua felicidade espera por você, em algum porto de luz que lhe foi destinado pelo grande timoneiro de todas as almas, que é o Criador do Universo. 
 
Pense nisso!
Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.

Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’ Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.» 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Siga em frente

Siga em frente
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. 

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha. 

Esforça-te no bem e espera com paciência. 

Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. 

De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é 
sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. 

Eleva, pois, o teu olhar e caminha. 

Luta e serve. Aprende e adianta-te. 

Brilha a alvorada além da noite. 

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte... 

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16.

«Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho, e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.’ E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo. Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’ Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.’ Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.’ Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.’ Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um. Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: 'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.’ O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.» 

terça-feira, 17 de agosto de 2010

É razoável pensar nisso

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer.

É amparo destinado aos obstáculos.

A serenidade não é jardim para os seus dias dourados.

É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.

A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis.

É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.

A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem.

É porta valiosa para que você demonstre boa vontade,
ante os companheiros menos evoluídos.

A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio.

É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.

A confiança não é um néctar para as suas noites de prata.

É refugio certo para as ocasiões de tormenta.

O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil.
É manancial de forças para os seus dias de luta.

A resistência não é adorno verbalista.

É sustento de sua fé.

A esperança não é genuflexório de simples contemplação.

É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.

A virtude não é flor ornamental. 

É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar
e engrandecer no momento oportuno.

Evangelho segundo S. Mateus 19,23-30.

Jesus disse, então, aos discípulos: «Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu. Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.» Ao ouvir isto, os discípulos ficaram estupefactos e disseram: «Então, quem pode salvar-se?» Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível.» Tomando a palavra, Pedro disse-lhe: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos dos últimos serão os primeiros.»