terça-feira, 28 de novembro de 2017

Projeto de lei visa conceder auxílio-doença para cuidar de parentes próximos


Tramita na Câmara dos Deputados (PL n. 1876/15) o projeto de lei que visa conceder auxílio-doença nos casos de doença de parentes próximos, ou o  denominado auxílio-doença parental.

A lei já garante aos trabalhadores segurados do INSS o direito de se licenciar pelo tempo necessário para cuidar da própria saúde, conforme recomendação médica. Os primeiros 15 dias de afastamento (contados dentro de um período de 60 dias) ficam a cargo da empresa. Caso a licença seja mais longa do que isso, cabe à Previdência pagar o auxílio-doença, cujo valor varia conforme diversos critérios. 

Mas e quando a pessoa que precisa cuidar da saúde não é o próprio trabalhador, mas um parente dele? Nesse caso a lei ainda não garante o direito ao afastamento, mas isso pode mudar. O Senado Federal aprovou, em 2015, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 286/14, que cria um novo tipo de benefício da Previdência Social, o auxílio doença parental. Para virar lei, o projeto agora só depende da aprovação da Câmara dos Deputados.

De acordo com o projeto, será concedido auxílio-doença ao segurado por motivo de doença do cônjuge, dos pais, dos filhos, do padrasto, madrasta, enteado ou dependente que viva a suas expensas e conste da sua declaração de rendimentos. O auxílio se dará mediante comprovação por perícia médica, até o limite máximo de doze meses.

A autora do projeto, senadora Ana Amélia (PP-RS), afirmou, na justificativa da proposta, que a matéria busca dar tratamento isonômico aos segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em relação aos segurados dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Segundo ela, a regra em vigor no RGPS prevê o benefício somente àquele que sofreu uma lesão incapacitante ou que tem um problema psiquiátrico.

Ana Amélia ainda explicou que o pagamento do benefício nos moldes defendidos seria uma forma de economia aos cofres públicos, já que a presença do ente familiar pode auxiliar em diversos tratamentos e diminuir o tempo de internação do paciente.

Assine aqui a petição pública pela aprovação urgente do PL 1876/2015: http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR92414

*Fonte: site Senado Federal, disponível em http://senadofederal.tumblr.com/post/138078260987/aux%C3%ADlio-doen%C3%A7a-para-cuidar-de-parentes-pr%C3%B3ximos    Imagens: google


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O que é Perfil Comportamental?


Cada pessoa é diferente da outra. As culturas, criações e principalmente as personalidades são únicas. Entender o outro e respeitar essas diferenças é algo fundamental para melhorar a convivência e garantir a harmonia em qualquer ambiente.

Reside aí a importância dos estudos sobre Perfil Comportamental. É uma forma de decifrar e decodificar comportamentos humanos predominantes. Cada pessoa, de forma individual, tem um perfil que caracteriza o seu comportamento e as suas atitudes.

Temos basicamente quatro perfis: comunicador, executor, planejador e analista. Como veremos ao longo desse artigo, há várias combinações possíveis de predominâncias de diferentes níveis para os perfis. É isso que gera personalidades singulares, índices e percepções de mundo diferentes.

Interessado em conhecer mais sobre cada um desses perfis comportamentais? Então continue a leitura deste post. Vamos detalhar suas principais características de cada e mostrar como o gestor de RH pode — e deve — aproveitar essas informações para orientar melhor o desenvolvimento de cada colaborador.

A história do Perfil Comportamental

Antiguidade

Desde a antiguidade, o homem busca compreender melhor o comportamento humano. Tenta fazer isso de formas variadas, por meio de reflexões, observações e pesquisas.

E, veja que interessante, há muito tempo as classificações levam ao número quatro.

Os gregos atribuíam aos quatro elementos básicos da natureza (fogo, água, terra e ar) a influência básica no comportamento das pessoas.

A observação dessa natureza humana em quatro formas retrocede mais ainda no tempo, aos escritos judaico-cristãos. Em 590 a.C., o profeta Ezequiel via a humanidade corporificada em quatro criaturas viventes, cada uma com quatro faces (a de um leão, de um boi, de um homem e de uma águia). Essa visão foi repetida por volta de 96 d.C. na revelação de São João.

A igreja também escolheu ter quatro evangelhos no Novo Testamento, escritos por homens de quatro temperamentos diferentes: o espontâneo Marcos, o histórico Mateus, o espiritual João e o erudito Lucas.

Irenaeus, bispo de Lyon, explicou (em 185 d.C.) por que os quatro evangelhos eram necessários:

“As criaturas viventes são quadriforme, e, portanto, o evangelho também é quadriforme.”

Hipócrates, frequentemente chamado de o pai da medicina Ocidental, por volta de 370 a.C, propôs que o nosso temperamento é determinado pelo equilíbrio dos nossos quatro fluidos corpóreos essenciais:

  • Sangue. Se o nosso sangue predomina, somos alegres de temperamento.
  • Bile. Se é a nossa bile negra, somos sombrios de temperamento; se é a nossa bile amarela, somos entusiásticos de temperamento.
  • Fleuma. E se é o nosso fleuma, somos calmos de temperamento.

Idade moderna

A ciência moderna há muito tempo descartou essa fisiologia antiga, mas ela foi a base para a fundação da medicina grega e romana. Isso porque os quatros fluidos (mais tarde chamados de humores) e os seus quatro temperamentos correspondentes descreviam padrões universais das pessoas.

Posteriormente, surgiram os conceitos: colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico como tendências comportamentais das pessoas. Referências aos quatro humores aparecem na poesia de Chaucer, nos ensaios de Montaigne, nos escritos científicos de Bacon e William Harvey e por toda a obra de William Shakespeare.

Paracelsus, um médico vienense do século 16, criou a sua própria mitologia do temperamento, caracterizando as pessoas com quatro espíritos totêmicos: as mutáveis Salamandras, os industriosos Gnomos, as inspiradoras Ninfas, e os curiosos Silfos.

Durante décadas, essa premissa foi utilizada e desenvolvida, como acontece na obra de Carl Gustav Jung, médico e psiquiatra suíço. Ele estuda os traços de personalidade, classificando os indivíduos em quatro tipos:

  • Produtor
  • Sensitivo
  • Intuitivo
  • Analítico

As primeiras aplicações no ambiente empresarial

Esses foram os primeiros perfis comportamentais tratados no ambiente empresarial. Por meio de pesquisas, que incluíam instrumentos estatísticos conhecimentos de biofísica, o psicólogo norte-americano William Moulton Marston, no início dos anos 20, construiu o modelo DISC — que são as iniciais de Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade.

Na Solides utilizamos a metodologia Profiler, que é uma junção da metodologia DISC com indicadores e gráficos de fácil interpretação. Analisando e estudando mais de oito teorias, o Profiler foi construído com a base DISC e utiliza uma nomenclatura mais clara e objetiva:

  • Comunicador
  • Executor
  • Planejador
  • Analista

Essa metodologia foi desenvolvida em 2007 e possui diversas certificações como ferramenta brasileira, tendo o comparativo de que a ferramenta não é apenas uma metodologia estrangeira adaptada aos brasileiros. Foi estudada sob a perspectiva dos traços de personalidade encontrados no Brasil.

A maior prova de sua eficácia é que foi testada e aprovada por instituições como UFMG, USP e Ministério de Tecnologia, com 97,97% de acuracidade.

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Entenda os 4 Perfis Comportamentais

Comunicadores

Os comunicadores são extrovertidos, falantes, ativos e não apreciam monotonias, mas se adaptam com facilidade. Esse tipo de perfil tem facilidade na comunicação e passa de um assunto a outro com rapidez, gosta de trabalhos que envolvam movimentação e autonomia.

Comunicadores precisam do contato interpessoal e de um ambiente harmonioso, entretanto, não gostam de passar despercebido. São amigos de todos e atuam melhor em equipe. São vaidosos e admiram sua projeção pessoal e social. São imaginativos e têm sentimento artístico. Apresentam rapidez e agilidade nas suas atitudes.

Executores

Os executores são ativos, otimistas e dinâmicos. Líderes natos, não têm medo de assumir riscos e de enfrentar desafios. São trabalhadores, têm uma enorme disposição física e demonstram muita determinação e perseverança.

Planejadores

Os planejadores são pessoas calmas, tranquilas, prudentes e autocontroladas. Gostam de rotina e atuam em conformidade com normas e regras estabelecidas, por isso sentem-se bem quando estão acompanhados de pessoas mais ativas e dinâmicas.

Decidem sem pressão e, frequentemente, com bom senso. São flexíveis, seu caráter e ritmo são constantes e disciplinados. São pacientes, observadores, passivos e têm boa memória, mas podem carecer de aptidões criativas.

Em situações emergenciais, agem com tranquilidade. O perfil planejador é introvertido, e tem uma tranquilidade singular que lhe confere um perfil de fácil relacionamento, manso e bem equilibrado.

Analistas

Características dos gênios, os analistas são preocupados, rígidos, porém calmos. Seu comportamento com as pessoas é discreto. Geralmente são indivíduos calados e retraídos. A grande desvantagem é que são pessimistas.

É positivo o fato de possuírem facilidades para a arte, por serem mais sensíveis. Agilidade, inteligência e intelectualidade são características que predominam na sua personalidade. Têm habilidade com tarefas detalhadas ou de improvisação rápida. Preferem atuar com estímulo dos demais.

No dia a dia das empresas, geralmente é o tipo de funcionário leal e comprometido com o trabalho. Gostam de surpreender e são sensíveis a críticas, magoando-se com certa facilidade. São intuitivos, curiosos e têm inteligência verbal. Observam as oportunidades e apresentam soluções momentâneas para problemas urgentes.

Como funciona a aplicação do Perfil Comportamental?

De forma simplificada podemos dizer que o Perfil Comportamental é uma importante ferramenta para que a empresa consiga identificar as forças e as fraquezas das pessoas. Ou seja, é possível detectar suas aptidões, como essas pessoas reagem diante de diferentes situações.

Vamos detalhar logo mais as vantagens que podem ser obtidas no processo de gestão de pessoas. Por ora, registre essa informação: o emprego do Perfil Comportamental garante mais assertividade para as estratégias da empresa, impactando positivamente em todas as áreas.

Considera essa informação exagerada? Então veja o exemplo abaixo:

A empresa decidiu realizar um processo seletivo e conseguiu reunir 15 profissionais de direito e tem que escolher 3 para ocupar as vagas disponíveis.

Basicamente, o que temos são 15 homens e mulheres bem vestidos e muito bem alinhados, todos com uma ótima oratória e um currículo exemplar. Em uma análise mais superficial, não há como apontar grandes diferenças entre eles em termos de perfis profissionais.

Mas você precisa escolher 3. Qual critério será adotado para selecionar a equipe mais adequada para a situação da empresa?

Reside, nesse aspecto, a importância do Perfil Comportamental. Ao empregar a metodologia, conseguimos traçar e mapear o perfil dos candidatos às vagas.

Nessa análise, será possível verificar de forma mais objetiva o desempenho, as competências, o estilo de liderança e como cada um reage sob pressão.

Assim, você pode construir e desenhar uma equipe com menos gaps comportamentais, sejam eles pontualidade, velocidade, estratégias, proatividade, foco, dentre outras características comportamentais importantes para o ambiente empresarial.

Imaginando as situações enfrentadas no dia a dia, pense nisso: com esse tipo de ferramenta o RH consegue orientar o seu trabalho pelo comportamento das pessoas. Com isso, tem condições para montar a engrenagem ideal de uma equipe de alta performance.

Na prática, isso significa mais chances de garantir a entrega de bons resultados. Como se pode deduzir, os reflexos serão positivos para o negócio como um todo (não apenas na gestão de pessoas).

Ainda tem dúvidas sobre os benefícios que serão obtidos pela empresa ao trabalhar com o Perfil Comportamental? Vamos esclarecer suas dúvidas, explicando como será a aplicação prática da metodologia.

Como aplicar e quais são os subsistemas de Gestão?

Parece complicado, mas não é. O que você precisa é ter conhecimento sobre as características comportamentais e tudo o que você pode extrair delas para tomar sua melhor decisão.

Fique atento: a análise de perfil comportamental pode ser o ponto crucial para aprimorar os seus cruzamentos de dados e permitir que você chegue no melhor resultado.

Dito de outra forma, saiba que você pode aplicar o mapeamento de perfil comportamental em vários subsistemas da gestão de recursos humanos.

Confira abaixo as explicações sobre cada um deles:

Autoconhecimento

Muitos gestores ainda se mostram descrentes em relação à aplicação de métodos de desenvolvimento e de autoconhecimento vinculados a carreiras ou ao ambiente profissional.

Há uma explicação para essa desconfiança: nos últimos anos o mercado assistiu a uma inundação de gurus e métodos infalíveis de autoconhecimento e motivação. O problema é que muitas vezes os tais métodos não passam de meras cópias pobres e mal desenvolvidas de teorias de coaching presentes na internet.

Ou seja, não utilizam adequadamente as bases científicas envolvidas nesse tipo de estudo, nem contemplam análises propriamente ditas.

A inclusão do Perfil Comportamental pode alterar bastante o rumo dessa história. Se a pessoa identifica os principais traços da sua personalidade ela tem mais condições de entender como ela processa e lida com as informações.

E de posse desse conhecimento a empresa tem mais condições de fazer a orientação adequada. Consegue, com isso, explorar melhor suas reais potencialidades.

O “analista”, por exemplo, é mais retraído por natureza, então é um erro de estratégia designar esse tipo de pessoa para tarefas que exijam comportamentos mais ousados, extrovertidos.

Em contrapartida, esse é o ambiente ideal para os comunicadores que, no entanto, não renderam bem se forem submetidos às tarefas repetitivas, monótonas.

Se a pessoa tem consciência sobre essas características não apenas conseguimos nos adaptar melhor às situações empresariais, como conseguimos, claro, aprimorar nossas habilidades no dia a dia. Para isso, contudo, temos primeiro que reconhecer quais são os nossos “entraves”.

Recrutamento e Seleção

Todo processo de seleção possui premissas indispensáveis, as quais na verdade, se analisarmos a fundo, nem sempre influenciam diretamente na escolha do candidato certo.

Por exemplo, se você possui uma vaga para a qual o domínio do inglês avançado é indispensável, você pode pedir certificados de proficiência na língua ou ainda realizar entrevistas nesse idioma.

Por mais que o desempenho de um candidato em uma prova ou durante uma entrevista tenha sido ligeiramente melhor que o dos demais, nem sempre a resposta certa é aquele que acumulou mais pontos.

É preciso que esse candidato, mesmo preenchendo todos os requisitos e possuindo os níveis de formação desejados, tenha também um perfil pessoal e profissional condizente com aquilo que você espera da pessoa que vai ocupar determinado cargo.

A análise sobre o Perfil Comportamento vai ajudar bastante nesse momento, uma vez que além da habilidade técnica a empresa terá como considerar os outros atributos necessários. Pode ser que a pessoa que obteve a melhor pontuação não sirva para o cargo porque não consegue adaptar-se, por exemplo, à necessidade de comunicação constante com os clientes.

Motivação dos colaboradores

Você já sabe que empresas que motivam seus funcionários tendem a se tornar líderes nos seus respectivos setores e áreas de atuação. Engajamento hoje e palavra-chave nos processos de gestão e figura entre as prioridades do gestor de RH.

Mas como é possível motivar as pessoas? Os estudos nessa área indicam que geralmente ela é obtida por meio de recompensas.

No entanto, é preciso atenção, porque não estamos falando de premiações ou bônus em dinheiro, mas sim de qualquer coisa que possa soar como recompensa para o funcionário que está recebendo.

Obviamente que uma promoção ou novo cargo podem ter esse efeito. Contudo, é possível também, dependendo do perfil comportamental, que outros aspectos funcionem ainda melhor, como a opção de ter um horário de trabalho mais flexível ou mesmo a possibilidade envolver-se com um projeto mais criativo.

Saiba que os indivíduos que são predominantemente planejadores podem se sentir motivados, por exemplo, ao contar com uma estrutura melhor em termos de consulta e referências. São pessoas que tendem a ser perfeccionistas e “sofrem” quando não encontram as condições ideais para desenvolver seus projetos.

No item motivação dos colaboradores, então, o foco precisa ser mais analítico. Temos que considerar todos os aspectos que podem elevar o moral e motivar a pessoa. Mas é preciso ter em mente que as pessoas são únicas, reagem de forma diferente, justamente em razão dos traços predominantes na sua personalidade.

Gestão de pessoas

gestão de pessoas, especialmente com os novos paradigmas da geração Y e agora da geração Z, que chega ao mercado de trabalho, é um dos grandes desafios do cotidiano empresarial.

Pergunte a qualquer especialista de RH que ele vai confirmar: hoje, compreender os funcionários e encontrar formas de motivá-los não se trata mais apenas de buscar um diferencia; é uma necessidade, questão de sobrevivência mesmo.

O que se percebe no dia a dia das organizações é que sem isso as empresa não podem contar sequer com os mínimos índices de produtividade sendo cumpridos.

Com tudo isso em pauta, conhecer a fundo seus profissionais e colaboradores é a prerrogativa máxima de qualquer gestor ou empreendedor. Entretanto, fazer essa leitura tão detalhada é uma missão, por vezes, quase impossível.

Não é fácil porque lidamos com ambientes complexos. O número de funcionários é alto, a rotina de trabalho é acelerada e ainda precisamos considerar o fato de que as pessoas têm costumes diferentes, pertencem à classes sociais distintas, enfim, têm culturas singulares.

É aí que se encaixa a importância do Perfil Comportamental. Ao aplicar a metodologia a empresa consegue fazer esse tipo de análise com mais objetividade. O gestor não dependerá apenas de sua intuição ou da boa vontade para compreender melhor o comportamento dos colaboradores da equipe.

Desenvolvimento e Treinamento

Empresários e gestores confirmam a importância do capital humano para a longevidade e o sucesso dos negócios, independentemente do porte ou da área de atuação da empresa.

Profissionais competentes e equipes de alta performance são, de fato, um grande diferencial competitivo. Diante de um mercado cada vez mais exigente, a busca por produtividade e por criatividade, também está entre as prioridades do universo corporativo.

Assim, uma gestão eficiente e enxuta depende de estratégias capazes de atrair e reter talentos, de desenvolver e alocar corretamente os colaboradores, de modo a construir times mais fortes e prontos para superar novos desafios.

O problema é que precisamos apresentar bons resultados. As empresas querem ter certeza de que os investimentos serão recompensados. E, apesar de serem tecnicamente perfeitos, sem sempre os programas funcionam como previsto.

Sabe por que isso acontece? Pode ser que você não considerou adequadamente as aptidões naturais daquele funcionário antes de designá-lo para determinado programa de desenvolvimento.

Temos visto isso acontecer com frequência atualmente nas iniciativas voltadas para a formação de líderes. Eles são cada vez mais necessários, mas é preciso avaliar se aquela pessoa tem condições psicológicas para assumir esse tipo de função. No mínimo precisamos reconhecer que para determinados perfis comportamentais vamos precisar empregar outros tipos de técnicas para aprimorar suas habilidades de liderança.

Diminuição de turnover

Entre as entradas e saídas de funcionários, é fato que sua empresa precisa sempre estar com um quadro completo. A matemática é simples: quanto mais gente ficar, menos candidatos você terá de acionar para preencher as lacunas.

Os motivos para a evasão ou aumento da rotatividade são muitos e a maioria deles vem sendo trabalhada nos últimos anos de forma mais proativa por parte de profissionais de Recursos Humanos.

O uso do perfil comportamental como estratégia de recrutamento no Brasil é algo relativamente recente. Muitas empresas ainda concentram todos os seus esforços em encontrar profissionais com bons currículos e, embora isso também seja importante, deixa de lado fatores importantes que podem fazer a diferença na hora de reduzir a rotatividade no seu negócio.

Aqui você confere a calculadora que fizemos para você calcular os custos de rotatividade na sua empresa.

E pense nisso: um processo de seleção adequado pode fazer muita diferença. Pessoas mais confortáveis nas suas atividades, porque têm a ver com sua personalidade, tendem a render mais e são mais fiéis às empresas, vestem a camisa.

Coaching

processo de coaching exige que o coach tenha alta sensibilidade, mas também que ele possua conhecimento técnico. É a partir desse aprendizado que ele vai conseguir, ao analisar atitudes e comportamentos, identificar o perfil de seu coachee.

Nesse sentido, o uso de ferramentas de avaliação de perfil comportamental são um diferencial enorme.

Produtividade

Um bom departamento de recursos humanos deve perseguir resultados sob o ponto de vista da produtividade. Mais do que zelar pela papelada do pessoal, o RH precisa e tem a obrigação de conhecer os funcionários da empresa.

Mas não basta entender as qualificações profissionais; é preciso fazer análises mais detalhadas, envolvendo características do temperamento e estilo de vida do colaborador. Esses dados precisam estar presentes na organização para que possam ser usados em prol da melhoria dos processos e da eficiência da companhia.

Motivação é determinante para a produtividade. Mas lembre-se que ela depende de muitos fatores, não apenas das recompensas financeiras.

Cultura organizacional

Os recrutadores têm sempre a difícil missão de selecionar candidatos capacitados e engajados, mas essa avaliação deve considerar vários fatores, além do conhecimento técnico e experiências anteriores.

Por isso é importante definir um perfil ideal, que deve servir como uma guia, facilitando a seleção dos profissionais. Dessa forma, a cultura organizacional precisa ser traduzida em valores e competências, de modo a personificar o novo colaborador.

Mas fique atento: mapear perfil comportamental não é rotular estereótipos ideias para cada função. É preciso entender como cada ser humano de forma individual pode ser melhor desenvolvido, além de enriquecer a pessoa com o grande presente do autoconhecimento.

Saiba que ao levar para sua equipe o autoconhecimento e o conhecimento do outro, você consegue trabalhar pontos como motivação, gestão de conflito e o aumento de produtividade de sua organização.

Fonte: http://www.solides.com.br/o-que-e-perfil-comportamental/

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Programação da Romaria da Penha 2017



Programação da Festa e da Romaria da Penha 2017, que completa 254 anos em João Pessoa. 

Neste ano, as atividades da celebração da Festa e da Romaria de Nossa Senhora da Penha começam no dia 22 de novembro e têm como tema “No Sim de Maria, Deus restaurou a criação. Ó Mãe, ensina-nos a viver em comunhão e a preservar o meio ambiente”.

Segundo a Arquidiocese, as homenagens à santa começam às 18h30 (horário local) do dia 22 de novembro, uma quarta-feira, com o Terço Mariano, rezado no Santuário, na Praia da Penha. Em seguida, às 19h15, haverá uma procissão com a imagem de Nossa Senhora da Penha, a partir da Santinha até o Santuário. Às 19h30 acontece a celebração eucarística, com o tema “O Sim de Maria” e a programação festiva começa às 20h30, com a encenação do Auto da Penha.
Na quinta-feira (23), acontece o Terço Mariano, às 18h45, seguido da celebração eucarística, com o tema “Deus restaurou a criação”. A partir das 20h30, acontecem apresentações de grupos culturais e shows com artistas regionais.

Romaria sai da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, no Centro, passa pelas avenidas João Machado, Dom Pedro II, Principal dos Bancários, Hilton Souto Maior e termina na Praia da Penha (Foto: Divulgação/Secom-JP/Arquivo) Romaria sai da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, no Centro, passa pelas avenidas João Machado, Dom Pedro II, Principal dos Bancários, Hilton Souto Maior e termina na Praia da Penha 

Romaria sai da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, no Centro, passa pelas avenidas João Machado, Dom Pedro II, Principal dos Bancários, Hilton Souto Maior e termina na Praia da Penha (Foto: Divulgação/Secom-JP/Arquivo)
A programação segue na sexta-feira (24), com o Terço Mariano e a celebração eucarística, com o tema “Viver em comunhão e preservar o meio ambiente”, a partir das 18h45.

No dia 25 de novembro (sábado), a programação começa às 6h, com o ofício de Nossa Senhora. De meio-dia acontece a chegada da imagem de Nossa Senhora da Penha no Santuário, seguida de oração do ngelus e Catequese mariana. No turno da tarde, a partir das 16h, acontecem a oração ao Santo Terço e a carreata de Nossa Senhora da Penha, que vai levar a imagem do santuário até a igreja de Nossa Senhora de Lourdes no Centro.

A Romaria da Penha 2017 começa às 22h do sábado, saindo da igreja de Nossa Senhora de Lourdes até a Praia da Penha. A bênção de envio dos romeiros vai ser feita pelo arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson. A previsão é de que a romaria chegue na Penha às 4h do domingo (26), quando acontece uma celebração eucarística campal presidida por Dom Delson.

Divulgada a programação da Romaria da Penha 2017
Programação da Festa da Penha 2017
1ª noite: dia 22 (quarta-feira), às 19h, Procissão com a imagem de Nossa Senhora da Penha, da Santinha (localizada na rua que dá acesso ao Santuário) até o Santuário. Em seguida vai começar a Celebração Eucarística. Tema da noite: “O Sim de Maria”. Abertura da programação festiva às 20h30 com a encenação do Auto da Penha.

2ª noite: dia 23 (quinta-feira), às 19h30, Celebração Eucarística. Tema da noite: “Deus restaurou a criação”. Apresentação de grupos culturais às 20h30. E às 22h vão ser realizados shows com bandas de artistas regionais.
3ª noite: dia 24 (sexta-feira), às 19h30, Celebração Eucarística. Tema da noite: “Viver em comunhão e preservar o meio ambiente”.

Romaria: dia 25 (sábado), às 16h, Recitação do Terço. 17h: carreata de Nossa Senhora da Penha, que vai levar a imagem da Santa da Penha para a igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no Centro da Capital, de onde, às 22h, começa a Romaria de Nossa Senhora da Penha. A Bênção de Envio dos Romeiros vai ser feita pelo Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson. O percurso será o mesmo do ano passado - da igreja de Lourdes até o Santuário. Às 22h, no Santuário, terá uma Noite de Louvor.

Domingo: dia 26, às 4h (previsão de chegada da Romaria): Celebração Eucarística campal presidida pelo Arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Vitória é para quem persevera



Bom dia ☀️🌞😃 


“Vitória não é para quem quer, mas para quem luta, persevera e jamais desiste. A vitória vem para aqueles que mesmo cansados seguem lutando, mesmo em circunstâncias difíceis seguem acreditando e que mesmo tudo sendo contrário seguem crendo que Deus está no controle. A vitória é desejo de muitos, mas troféu para poucos, pois muitos se entregam ao cansaço, outros desistem pelo caminho, mas somente os que tem fé continuam, não por serem mais fortes, mas por ter um Deus forte ao seu favor"!!!!

#coachingintegralsistemico 

#febracis

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Na Jornada Mundial dos Pobres, o papa Francisco pede obras concretas e não apenas palavras



A Igreja realiza de 12 a 19 de novembro, a Jornada Mundial dos Pobres, com o tema: “Não amemos com palavras, mas com obras”. Trata-se, segundo mensagem do papa Francisco, publicada dia 17 de junho deste ano, de um convite dirigido a todos, independente de sua crença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade.

Segundo o santo padre, o amor não admite álibes. “Quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo quando somos chamados a amar os pobres”, diz trecho do texto. Instituído pelo chefe da Igreja Católica na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, o primeiro Dia Mundial dos Pobres será celebrado pela Igreja em todo mundo no próximo dia 19 de novembro, 33º domingo do Tempo Comum.

No Brasil, a animação e coordenação das atividades foi delegada à Cáritas Brasileira, um dos organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por sua experiência na realização Semana da Solidariedade. Para o bispo de Aracaju (SE), presidente da Cáritas Brasileira, dom João José Costa, as respostas sobre que fazer só virão se a Igreja e os cristãos se colocarem de forma próxima aos empobrecidos e sentir a sua dor. “A proximidade faz com que o Espírito Santo desperte em cada um de nós a criatividade para que possamos ter iniciativas concretas para transformar a realidade”, disse.

De acordo com estudo divulgado em fevereiro pelo Banco Mundial, o número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil deverá aumentar entre 2,5 milhões e 3,6 milhões até o fim de 2017. Segundo o documento, a atual crise econômica representa uma séria ameaça aos avanços na redução da pobreza e da desigualdade. O Banco Mundial também atribuiu a ações sociais protetivas como o Bolsa Família, um papel fundamental para evitar que mais brasileiros entrem na linha da miséria. A pesquisa aponta ainda que o aumento da pobreza vai se dar principalmente em áreas urbanas, e menos em áreas rurais, isso porque nas áreas rurais essas taxas já são mais elevadas.

Objetivo e material da Jornada – O diretor-executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Claudio Mandela, lembra que a Jornada Mundial dos Pobres, em comunhão com a Semana da Solidariedade, quer acima de tudo chamar atenção de forma organizada, reflexiva e também em oração para a grande condição de vulnerabilidade e desigualdade por que passa grande parte da população do mundo e do Brasil.

A Cáritas Brasileira preparou o cartaz e o subsídio com sugestões de ações para esta semana. A proposta, segundo o diretor-executivo da Cáritas, é que as comunidades, igrejas, escolas e toda sociedade realizem, por meio do que propõem a cartilha, as “Ruas Solidárias” e “Rodas de Conversa” cujo objetivo é proporcionar espaços, momentos e dinâmicas para que as pessoas, em suas mais várias localidades, possam refletir e olhar, em forma de oração, sobre esta realidade.

O presidente da Cáritas Brasileira convida cada um a dar a sua contribuição. “Se vamos mudar o mundo não sei, mas o importante é cada um fazer a sua parte”, disse. O bispo lembrou de madre Tereza de Calcutá que não desanimava quando se tratava de realizar obras em favor dos pobres. A religiosa, declarada santa pelo papa Francisco em 04/09/2016, dizia que somos uma gota d’água no oceano, mas que este seria menor sem aquela. “Que durante esta semana possamos fixar o nosso olhar nesta realidade que desafia todo nosso mundo para que se transforme na casa do Bem Viver, onde todas as pessoas sejam reconhecidas e acolhidas em sua dignidade”, concluiu dom João José.

Acompanhe e compartilhe as ações nas redes sociais da Cáritas Brasileira durante a Jornada Mundial dos Pobres – Semana da Solidariedade entre os dias 12 e 19 de Novembro.

Baixe a mensagem do papa Francisco aqui: https://w2.vatican.va

Baixe a Cartilha preparada pela Cáritas aqui:http://caritas.org.br

Baixe o cartaz da Jornada aqui:http://caritas.org.br

Fonte: http://cnbb.net.br/na-jornada-mundial-dos-pobres-o-papa-francisco-pede-obras-concretas-e-nao-apenas-palavras/

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Monitor da Violência: dois meses e meio depois, maioria dos casos de morte violenta está em aberto

Monitor da Violência: dois meses e meio depois, maioria dos casos de morte violenta está em aberto

Novo levantamento feito pelo G1 mostra que os inquéritos de 761 dos 1.195 casos continuam em andamento. Não há informação sobre o status de 181 crimes; falta de transparência tem dificultado o trabalho de apuração do projeto.


Maioria dos crimes registrados segue em investigação (Foto: Alexandre Mauro/G1)
Maioria dos crimes registrados segue em investigação (Foto: Alexandre Mauro/G1)
Maioria dos crimes registrados segue em investigação (Foto: Alexandre Mauro/G1)
Dois meses e meio depois, 64% do total de casos de morte violenta ocorridos entre 21 e 27 de agosto no Brasil continuam em aberto e só 11% registram alguma prisão. É o que mostra um novo levantamento feito pelo G1 tendo como base todas as mortes registradas durante uma semana no país. Se forem excluídos os casos em que a polícia não informa ou que não foi possível obter o status dos crimes, o índice de casos em andamento sobe para 75% (e o de prisões, para 15%).
O Monitor da Violência é resultado de uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Monitor da Violência: dois meses e meio depois, maioria dos casos está em aberto
Monitor da Violência: dois meses e meio depois, maioria dos casos está em aberto
Neste projeto, estão todos os casos de homicídio, latrocínio, feminicídio, morte por intervenção policial e suicídio ocorridos de 21 a 27 de agosto no Brasil. São 1.195 mortes registradas – uma média de uma a cada oito minutos.
Mais de 230 jornalistas espalhados pelo país apuraram e escreveram as histórias das vítimas. Agora, acompanham o andamento desses casos.
O novo levantamento revela que:
  • 761 casos estão em andamento (64% do total OU 75% dos inquéritos aos quais o G1 teve acesso - 1.014)
  • 216 casos estão concluídos
  • 27 inquéritos não foram nem sequer instaurados
  • em 514 casos, a autoria ainda é desconhecida
  • há 370 casos com o autor ou os autores identificados pela polícia (sendo 512 pessoas ao todo)
  • em 141 casos, foi efetuada a prisão de um ou mais suspeitos (12% do total OU 15% se forem excluídos os casos não informados e os suicídios)
O Código de Processo Penal determina que um inquérito policial seja concluído em 10 dias quando houver prisão em flagrante ou 30 dias em caso de inexistência de prisão cautelar. Os delegados, no entanto, podem pedir um prazo maior para elucidar o caso – o que normalmente acontece.
 (Foto: Roberta Jaworski/G1)
 (Foto: Roberta Jaworski/G1)
(Foto: Roberta Jaworski/G1)

Extremos

Os dados mostram a dificuldade nas investigações e a consequente lentidão dos processos e expõem o drama das famílias que aguardam um desfecho para os casos.
Mas se há, por um lado, ao menos 27 casos em que o inquérito nem sequer foi instaurado, por outro, há um caso emblemático, em que um dos crimes teve um desfecho relâmpago. Em Vilhena (RO), a morte do filho de um ex-prefeito da cidade fez a prefeitura decretar três dias de luto e gerou comoção nas redes sociais.
Dois meses depois, o suspeito, que foi preso, já foi julgado e condenado a 28 anos de prisão. Um adolescente também envolvido no crime foi apreendido e está em uma unidade socioeducativa.
Caso de assassinato de filho de ex-prefeito de Vilhena (RO) teve desfecho relâmpago (Foto: Reprodução/Facebook)
Caso de assassinato de filho de ex-prefeito de Vilhena (RO) teve desfecho relâmpago (Foto: Reprodução/Facebook)
Caso de assassinato de filho de ex-prefeito de Vilhena (RO) teve desfecho relâmpago (Foto: Reprodução/Facebook)
O levantamento revela que, mesmo quando os autores são identificados, poucos são os casos em que eles são encontrados e presos. Mais que isso: mostra que boa parte dos suspeitos já era conhecida das vítimas (em pelo menos um terço dos casos) – e que, portanto, não houve um trabalho de investigação para chegar a eles.
Em crimes de repercussão, como em alguns dos feminicídios registrados no período, os ex-companheiros foram presos. Isso ocorreu, por exemplo, em Tupã (SP), onde Débora Goulart, que já havia registrado um boletim de ocorrência contra o ex-marido, foi esfaqueada dentro de casa, e em Serra (ES), onde Gabriela Silva de Jesus foi estrangulada pelo ex-noivo.
Mulheres vítimas de feminicidio durante a semana (Foto: Arte/G1)
Mulheres vítimas de feminicidio durante a semana (Foto: Arte/G1)
Mulheres vítimas de feminicidio durante a semana (Foto: Arte/G1)
Já alguns estados tiveram índices ínfimos de prisão. Em Alagoas, por exemplo, onde ocorreram 39 mortes violentas, não houve nenhuma prisão. No Rio Grande do Norte, onde foram registrados 64 casos, 59 também não registraram prisões até o momento.

Dificuldades nas investigações

Vários delegados relatam dificuldades para investigar as mortes violentas no país. No Rio, o diretor da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirma que o volume de casos impossibilita um trabalho mais apurado. “Em um ano, na capital, há 1.300 homicídios para serem apurados por 200 policiais.”
Na região de Campinas, o Instituto de Criminalística (IC) também diz que há uma demora na produção de laudos necessários na investigação de mortes violentas pela Polícia Civil porque há uma “sobrecarga”. São 98 peritos para atender 92 municípios. De seis casos registrados, apenas um foi concluído. Três dos cinco inquéritos abertos aguardam o IC para dar sequência ao trabalho dos investigadores.
Um desses casos é o do motorista Tiago Marques Fagundes, de 36 anos, morto a tiros em uma estrada vicinal em Americana. A autoria do crime é desconhecida. E a família ainda aguarda por justiça.
O motorista Tiago Marques Fagundes, morto a tiros em uma estrada vicinal em Americana (Foto: Reprodução)
O motorista Tiago Marques Fagundes, morto a tiros em uma estrada vicinal em Americana (Foto: Reprodução)
O motorista Tiago Marques Fagundes, morto a tiros em uma estrada vicinal em Americana (Foto: Reprodução)
Em Viamão (RS), duas mortes registradas nos dias 22 e 23 de agosto ainda estão sem identificação. Um dos corpos, encontrado enterrado, terá de ser identificado pelas digitais ou arcadas dentárias.
Não se trata de um caso isolado. Do total de 1.195 vítimas, mais de 120 continuam sem nome – metade delas no Pará. Cerca de 170 continuam sem a idade informada. Outras 470 aparecem sem a cor/raça identificada.

Falta de transparência

G1 teve mais uma vez dificuldade para obter os dados pelo país. Várias secretarias se negaram a passar as informações e delegados alegaram sigilo em casos onde não há qualquer impedimento para divulgação.
No Espírito Santo, por exemplo, a polícia e o governo não responderam a nenhum questionamento da equipe de reportagem. O G1 teve de contar com a ajuda da Promotoria para conseguir checar todos os casos.
No Ceará, os delegados informaram ter recebido um ofício da Secretaria da Segurança ordenando que informações sobre inquéritos não fossem repassadas por telefone, dificultando o trabalho dos repórteres, especialmente na verificação do andamento de mortes no interior do estado.
No Pará, a Secretaria da Segurança pediu um prazo para poder responder às questões. No fim, enviou uma mensagem: "Informamos que, em decorrência do caráter de sigilo das investigações policiais, não será possível o fornecimento de informações a respeito do andamento da apuração dos crimes de homicídio". Em algumas delegacias, os responsáveis não atenderam nem sequer o telefone. Com isso, o G1 só conseguiu obter dados de 15 dos 102 crimes no Pará – o pior índice entre todos os estados.
Em vários locais, as polícias também se recusaram a informar os números dos inquéritos – um dos pedidos feitos para acompanhar os casos inclusive em outras esferas.
No Tocantins, um caso insólito: a delegacia de Crixás do Tocantins mudou de lugar e os responsáveis não sabem onde estão os arquivos do caso. A equipe do G1 tentou obter as informações por mais de uma semana, sem sucesso.
A falta de padronização também tem dificultado a contabilização dos casos. Em alguns estados, casos de suicídio, por exemplo, não têm nem inquérito instaurado; em alguns, eles são arquivados; em outros, os casos são dados como concluídos e relatados à Justiça.
A apuração nesses últimos meses revelou ainda que seis dos casos investigados acabaram reclassificados para mortes não violentas. Eles continuarão, porém, a constar do mapa, com a nova classificação. Além disso, alguns dos casos estavam duplicados e outros não haviam sido incluídos. No fim, o número de vítimas se manteve em 1.195.
Participam deste projeto:
Coordenação: Athos Sampaio e Thiago Reis
Edição: Amanda Polato, Carolina Dantas, Carlo Cauti, Clara Velasco, Cida Alves, Darlan Alvarenga, Elida Oliveira, Felipe Grandin, Flávio Ismerim, Gabriela Bazzo, Gabriela Caesar, Helton Simões Gomes, Juliana Cardilli, Karina Trevizan, Letícia Macedo, Luciana Oliveira, Luiza Tenente, Marília Neves, Marta Cavallini, Megui Donadoni, Monique Oliveira, Pâmela Kometani, Peter Fussy, Ricardo Gallo, Roney Domingos, Rosanne D'Agostino, Taís Laporta, Vanessa Fajardo e Vitor Sorano (Conteúdo), Rodrigo Cunha (Infografia) e Fabíola Glenia (Vídeo)
Design: Alexandre Mauro, Juliane Monteiro, Karina Almeida, Igor Estrella e Roberta Jaworski
Desenvolvimento: Rogério Banquieri
Vídeo: Alexandre Nascimento, Beatriz Souza, Eduardo Palácio e Mariana Mendicelli
Produção e reportagem:
Janine Brasil, Quésia Melo e Aline Nascimento (G1 AC)
Cau Rodrigues, Michelle Farias, Carolina Sanches, Roberta Cólen, Derek Gustavo, Waldson Costa, Natália Normande, Magda Ataíde, George Arroxelas e Suely Melo (G1 AL)
Adneison Severiano, Indiara Bessa, Ive Rylo, Patrick Marques, Andrezza Lifsitch, Camila Henriques e Leandro Tapajós (G1 AM)
Jorge Abreu, Jéssica Alves, Lorena Kubota e John Pacheco (G1 AP)
Henrique Mendes, Natally Acioli, Alan Tiago, Danutta Rodrigues e Lílian Marques (G1 BA)
André Teixeira, Gioras Xerez, Valdir Almeida, Verônica Prado, Marília Cordeiro e Ranniery Melo (G1 CE)
Marília Marques, Eduardo Miranda e Maria Helena Martinho (G1 DF)
Manoela Albuquerque e Viviane Machado (G1 ES)
Elisângela Nascimento, Fernanda Borges, Murillo Velasco, Paula Resende, Sílvio Túlio, Vanessa Martins e Vitor Santana (G1 GO)
João Ricardo e Márcia Carlile (G1 MA)
Alex Araújo, Cíntia Paes, Flávia Cristini, Humberto Trajano, Pedro Ângelo e Raquel Freitas (G1 MG)
Rafael Antunes, Daniela Ayres, Vanessa Pires, Bruno Sousa, Caroline Aleixo, Bárbara Almeida, Karla Pereira, Roberta Oliveira, Marielle Moura e Victória Jenz (G1 Triângulo Mineiro, Centro-Oeste de MG e Zona da Mata)
Adriana Lisboa, Marina Pereira, Ricardo Guimarães, Zana Ferreira, Patrícia Belo, Juliana Peixoto, Valdivan Veloso (G1 Grande Minas e Vales de Minas)
Lucas Soares, Régis Melo, Fernanda Rodrigues e Lara Silva (G1 Sul de MG)
Fernando da Mata, Juliene Katayama, Marcos Ribeiro, Nathália Rabelo e Nadyenka Castro (G1 MS)
Pollyana Araújo, Denise Soares, André Souza e Lislaine dos Anjos (G1 MT)
Andrea França, Taymã Rodrigo e Raiana Coelho (G1 PA e TV Liberal)
Taiguara Rangel, Aline Oliveira, André Resende, Diogo Almeida, João Brandão Neto, Krystine Carneiro, Gabriel Costa e Iago Bruno (G1 PB)
Marina Meireles, Ricardo Novelino, Bruno Marinho, Luiza Mendonça e Katherine Coutinho (G1 PE)
Joalline Nascimento, Lafaete Vaz, Lindayanne Florêncio, Lyllyan Belo, Mário Flávio, Mavian Barbosa e Rodrigo Miranda (G1 Caruaru)
Amanda Lima, Beatriz Braga, Emerson Rocha e Juliane Peixinho (G1 Petrolina)
Catarina Costa, Maria Romero, Gilcilene Araújo, Júnior Feitosa, Carlos Rocha e Ellyo Teixeira (G1 PI)
Adriana Justi, Thais Kaniak, Aline Pavaneli, Fabiula Wurneister, Letícia Paris, Erick Gimenes, Ederson Hising e Samuel Nunes (G1 PR)
Felipe Grandin, Henrique Coelho, José Raphael Berrêdo, Leslie Leitão, Nicolás Satriano e Patrícia Teixeira (G1 Rio e TV Globo)
Fernanda Soares, Franklin Vogas, Vanessa Ornelas, Juan Andrade, Amaro Mota, Filipe Carboni e Julian Viana (G1 Norte Fluminense, Lagos e Região Serrana)
Michele Martins, Rianne Netto, Isabel Sodré, Renan Tolentino, Vinicius Lima, Lara Gilly e Luís Filipe Pereira (G1 Sul do Rio e Costa Verde)
Fernanda Zauli, Anderson Barbosa, Igor Jácome, Rafael Barbosa e Ricardo Oliveira (G1 RN)
Jonatas Boni, Magda Oliveira, Rogério Aderbal, Eliete Marques, Jeferson Carlos, Diêgo Holanda, Hosana Morais e Jheniffer Núbia (G1 RO)
Emily Costa, Jackson Félix e Inaê Brandão (G1 RR)
Hygino Vasconcellos, Gabriela Haas, Otávio Daros, Jessica Perdonsini, Daniel Favero, Tatiana Lopes, Rafaella Fraga, Shállon Teobaldo, Janaina Lopes, Felipe Truda, Luã Hernandez e Alexandra Freitas (G1 RS)
Fernanda Burigo, Joana Caldas, Mariana de Ávila, Mariana Faraco e Valéria Martins (G1 SC)
Joelma Gonçalves (G1 SE)
Glauco Araújo, Luiz Ottoni, Kleber Tomaz, Will Soares, Cíntia Acayaba, Paulo Toledo Piza e Paulo Guilherme (G1 SP)
Mariana Bonora e Tiago Moraes (G1 Bauru)
Patrícia Teixeira, Marcello Carvalho, Fernando Evans, Fernando Pacífico, Murillo Gomes, Ana Letícia Lima, Bruno Oliveira e Letícia Baptista (G1 Campinas)
Paola Patriarca e Francine Galdino (G1 Itapetininga)
Fernanda Lourenço, Jamile Santana, Cristina Requena e Gladys Peixoto (G1 Mogi das Cruzes e Suzano)
Samantha Silva, Arthur Menicucci e Carol Giantomaso (G1 Piracicaba)
Adriano Oliveira e Rodolfo Tiengo (G1 Ribeirão Preto)
Renata Fernandes, Marcos Lavezo e Bruna Alves (G1 Rio Preto)
Fernando Bertolini, Stefhanie Piovezan, Fabio Rodrigues, Raquel Baes, Ana Marin e Kalinka Bacacicci (G1 São Carlos)
Mayara Corrêa, Ana Carolina Levorato, Fernanda Szabadi, Carlos Dias, Álisson Batista, Aline Albuquerque e Gabriel Morelli (G1 Sorocaba)
Gelson Netto, Stephanie Fonseca e Wellington Roberto (G1 Presidente Prudente)
João Paulo de Castro, Ivair Vieira Jr, José Cláudio Pimentel, Mariane Rossi e Alexandre Lopes (G1 Santos)
Guilherme Machado, Leonardo Medeiros, Carlos Santos e Simone Gonçalves (G1 Vale do Paraíba)
Patrício Reis, Jesana de Jesus, Edson Reis, João Guilherme Lobasz, Letícia Queiroz, Gilvana Giombelli, Matheus Mourão e Vilma Nascimento (G1 TO)

Fonte: www.g1.com.br (https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/monitor-da-violencia-dois-meses-e-meio-depois-maioria-dos-casos-de-morte-violenta-esta-em-aberto.ghtml)