As constantes operações policiais que acontecem em todo o país para prender fraudadores de processos de emissão de Carteiras Nacionais de Habilitação, emitidas pelos Departamentos Estaduais de Trânsito nos leva a mais uma vez voltar a este assunto.
Cabe-nos uma reflexão sobre a insistência desta prática, o porquê de após tantas outras operações policiais com prisão de servidores públicos, dirigentes de Centro de Formação de Condutores e Despachantes continuamos a ver enraizado em nossa sociedade a cultura da corrupção ativa e passiva.
Acreditamos que a certeza da impunidade tem sido o fator predominante. Mais de 80% destas ações policiais, segundo estatística publicada pela revista Veja, tem como resultado final em grau de julgamento, na liberação e absolvição dos supostamente envolvidos.
Então partimos para duas primícias básicas, ou os inquéritos policiais estão contaminados de erros e condutas ilegais, que proporcionam a sua ineficácia, ou a justiça realmente não nem feito o seu papel julgador e aplicador da lei com a isenção necessária a devida punição dos culpados.
Outro foco importante é a necessidade de que os órgãos de trânsito debrucem-se com responsabilidade e profissionalismo, sobre estes inquéritos para encontrar no seu bojo o “modus operandi” utilizado e assim tomar às medidas corretivas necessárias a eliminação destas janelas do sistema, sejam técnicas ou humanas.
Além de promover a educação ética profissional como diferencial de conscientização aos servidores públicos.
Só assim, os órgãos de trânsito sairão definitivamente das páginas policiais para entrar com força e eficiência nas páginas de educação para um trânsito mais seguro e mais humano.
Fique de Olho!!!
Dirigir ameaçando pedestres que estejam na via pública:
Infração Gravíssima: 7 pontos + multa de R$ 191,54
Você sabia ?
Que o primeiro Código de Trânsito do Brasil, foi o Decreto -Lei nº 3.671 de 25 de setembro de 1941, mas de maneira esparsa, algumas Leis já tratavam do trânsito desde 1910, como Decreto nº 8.324 de 27 de outubro daquele ano, que cuidava do serviço subvencionado de transporte por automóveis.
João Eduardo Melo - Advogado, com especialização em Segurança e Educação de Trânsito, avô, pai e esposo apaixonado pela familia. Católico e Rotariano por vocação ao servir. Sempre de bem com a vida.