quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Você está no leme

Quando vemos, em alto mar, uma embarcação navegando ao sabor do vento, o que nos vem à mente? 
 
Por suposição, diremos que é um barco à deriva, sem mãos fortes para conduzir o leme. 
 
Todavia, quando o timoneiro assume o seu posto, a embarcação segue o rumo que ele definir. 
 
Assim também acontece com a barca das nossas existências. 
 
Se deixamos que os ventos e tempestades definam os rumos que deveremos seguir, fatalmente teremos surpresas desagradáveis pela frente. 
 
Se, ao contrário, seguramos o leme e conduzimos a barca guiando-nos pela bússola da razão e dos sentimentos nobres, certamente chegaremos a um porto seguro. 
 
Há pessoas que navegam os mares da existência sem se preocuparem com a direção que tomam. São facilmente empurradas pelos ventos da cobiça, da ambição desmedida, dos prazeres enganadores, da vaidade sem limites. 
 
E, quando sentem que perderam o rumo, se desesperam e se revoltam contra Deus e contra todos, tentando justificar a falta de cuidados e de previdência. 
 
Há os que se dizem fracos para conduzir o leme e deixam que o barco adentre a neblina escura da depressão, da melancolia, do desespero e, por fim, mergulham nos abismos do suicídio. 
 
Esses terão que emergir, mais cedo ou mais tarde, suportando as dores dos ferimentos graves, provocados pela queda infeliz e inconsequente. 
 
Há, ainda, aqueles que querem chegar ao destino em primeiro lugar. Atropelam os demais navegadores, destróem suas barcas e não se importam com o que venha a acontecer com os demais. 
 
Queimam o combustível da saúde, usam de má fé para conseguir a melhor posição, penhoram a dignidade por um lugar de destaque. Esses não vão muito longe sem graves prejuízos. 
 
Mas, nesse grande mar da vida, há navegantes previdentes e sábios que seguem com cuidado e perseverança. O barco das suas existências jamais fica à deriva. 
 
Resistem com bravura às tempestades mais ameaçadoras e não se deixam levar pelos ventos fortes do desespero. 
 
Sabem que cada um deve conduzir sua embarcação e, ao mesmo tempo, ajudar aos demais navegantes para que todos cheguem bem ao destino. 
 
* * * 
 
Você está no leme. 
 
Você, e somente você conduz a sua embarcação. 
 
Seus atos lhe pertencem, seus vícios, suas virtudes... 
 
O barco da sua vida seguirá pela rota que você traçar. 
 
E jamais se esqueça de que a sua felicidade espera por você, em algum porto de luz que lhe foi destinado pelo grande timoneiro de todas as almas, que é o Criador do Universo. 
 
Pense nisso!
Evangelho segundo S. Mateus 22,1-14.

Tendo Jesus recomeçado a falar em parábolas, disse-lhes: «O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.’ Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.’ Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados. Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?’ Mas ele emudeceu. O rei disse, então, aos servos: 'Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’ Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.» 

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