Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.
Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.» «Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia; perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.’ Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»
Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.» «Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia; perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.’ Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»
Mensagem
Lembro-me de uma campanha que durou infelizmente pouco tempo, cujo apelo era simplesmente: "Pratique gentileza!". A lógica da campanha era que as pequenas gentilezas do dia-a-dia, desde um Bom dia!, um Tudo bem com você?, ou o simples ato de ceder o lugar para um idoso no ônibus já contribui para a vida social e, principalmente, para a vida pessoal pelo bem-estar que um gesto ou um sorriso de agradecimento pode proporcionar.
O professor, filósofo e escritor, Renato Janine Ribeiro, tem inserido em seus escritos e palestras a proposta de retomada das "boas maneiras"; expressão que ele considera mais adequada do que a palavra "etiqueta", que poderia levar a outro sentido, como ao uso dos talheres à mesa ou ao comportamento durante uma recepção elegante. Ele diz que pequenas mudanças de hábitos no trato inter-pessoal cotidiano baixaria os níveis de ansiedade, estresse e medo que hoje são comuns na nossa sociedade. Essa seria uma forma simples e prática de entender e praticar a "alteridade"?
Uma re-educação comportamental pela qual recuperássemos antigos e bons hábitos de relacionamento poderia contribuir para a vida social, hoje tão afetada pela agressividade de uns e pelo individualismo exacerbado de outros. É o medo. Emoção básica que todos nós - seres humanos como os outros seres da criação -, trazemos como mecanismo de sobrevivência, mas que pode adquirir aspectos doentios quando se reveste de uma centralização excessiva nos próprios interesses e valores, ou quando resvala para atitudes de controle e domínio sobre os outros. Uma verdadeira cegueira mental pode apoderar-se das pessoas que então deixam de perceber que viver é conviver.
Como começar? Todo começo é difícil, mas sempre possível. Um primeiro passo é o auto-conhecimento. Saber das próprias limitações e deficiências, tanto quanto de suas habilidades e potencialidades. Um segundo passo é a autodisciplina, que não significa assumir posturas de austeridade monástica. Disciplina é ter controle sobre apelos emocionais discutíveis, sobre mensagens áudio-visuais que em nada acrescentam à vida verdadeira, é resistir a aspectos meramente acessórios, supérfluos ou passageiros da vida. Disciplina não é abrir mão da parte boa da vida, mas saber apreciá-la com moderação.
Um outro ponto é “praticar a gentileza”, isto é, tornar-se uma pessoal agradável, seja pelo falar, seja pelo agir, mas sem afetação. Exercitar a compreensão, evitar conflitos ou confrontos desnecessários e se for necessário agir com energia, que ela seja temperada com a bondade. Ser generoso sem ser tolo. Ser tolerante sem complacência. Ser franco e sincero, porém sem grosseria. Entender que os outros têm todo o direito de conceber a vida como bem entenderem. Cada um tem seu tempo de maturação emocional e espiritual. Porém, nunca é demais lembrar que o motor das mudanças é a vontade.
Enfim, pôr tudo isso em prática no dia-a-dia da melhor maneira possível, no relacionamento com parentes, colegas de trabalho, amigos e amigas, companheiros de passagem em nossas vidas, sem tornar-se um chato nem piegas. Não imaginar que a vida será um mar de rosas só porque procuramos tratar bem as pessoas, pois eventualmente seremos mal-interpretados, incompreendidos e mesmo maltratados. Paciência, pois isso também faz parte da aventura da vida.
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