quarta-feira, 19 de maio de 2010

Rio da vida

Era uma vez um riacho de águas cristalinas, muito bonito,
que serpenteava entre as montanhas.
Em certo ponto de seu percurso, notou que à sua frente havia
um pântano imundo, por onde deveria passar.
Olhou, então, para Deus e protestou:

- Senhor, que castigo!
Eu sou um riacho tão límpido, tão formoso, e o Senhor me obriga
a atravessar um pântano sujo como esse! Como faço agora?

Deus respondeu:
- Isso depende da sua maneira de encarar o pântano.
Se ficar com medo, você vai diminuir o ritmo de seu curso,
dará voltas e, inevitavelmente, acabará misturando suas águas
com as do pântano, o que o tornará igual a ele.
Mas, se você o enfrentar com velocidade, com força, com decisão,
suas águas se espalharão sobre ele, a umidade as transformará
em gotas que formarão nuvens, e o vento levará
essas nuvens em direção ao oceano.
Aí você se transformará em mar.

Assim é a vida.
As pessoas engatinham nas mudanças.
Quando ficam assustadas, paralisadas, pesadas, tornam-se tensas
e perdem a fluidez e a força.

É preciso entrar pra valer nos projetos da vida,
até que o rio se transforme em mar.

Se uma pessoa passar a vida toda evitando sofrimento,
também acabará evitando o prazer que a vida oferece.
Há milhares de tesouros guardados em lugares
onde precisamos ir para descobri-los.
Não procure o sofrimento.
Mas, se ele fizer parte da conquista, enfrente-o e supere-o. 

Evangelho segundo S. João 17,11-19.

Doravante já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para ti. Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti, para serem um só, como Nós somos! Enquanto estava com eles, Eu guardava-os em ti, em ti que a mim te deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o homem da perdição, cumprindo-se desse modo a Escritura. Mas agora vou para ti e, ainda no mundo, digo isto para que eles tenham em si a plenitude da minha alegria. Entreguei-lhes a tua palavra, e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo. Não te peço que os retires do mundo, mas que os livres do Maligno. De facto, eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo. Faz que eles sejam teus inteiramente, por meio da Verdade; a Verdade é a tua palavra. Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo, e por eles totalmente me entrego, para que também eles fiquem a ser teus inteiramente, por meio da Verdade. 

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