terça-feira, 31 de dezembro de 2013

DUPLA DE ATLETAS CRUZARÁ A PARAÍBA DE BIKE EM FAVOR DE CRIANÇAS COM CÂNCER

DUPLA DE ATLETAS CRUZARÁ A PARAÍBA DE BIKE EM FAVOR DE CRIANÇAS COM CÂNCER


Os altletas paraibanos Edmilson Fonseca e André Sena lançam, nesta sexta-feira (3), o projeto Sangue de Nossas Veias, que consiste em uma expedição que cortará a Paraíba em favor de crianças com câncer.
 
O percurso de aproximadamente 1.000 km será cumprido de bicicleta e concluído em 23 dias. Durante a expedição, os ciclistas farão palestras nas escolas de ensino médio, centros comunitários e sedes dos Sebraes em nove cidades pólos: Cajazeiras, Sousa, Itaporanga, Piancó, Patos, Sumé, Monteiro, Campina Grande, Bananeiras, Araruna, Guarabira e João Pessoa.  
 
De acordo com Edmilson Fonseca, a expedição percorrerá o estado de Oeste a Leste durante o mês de abril e o público poderá acompanhar a trajetória percorrida por meio de divulgação nas redes sociais e no site da expedição. “Resolvemos nos unir em defesa de uma causa: ajudar crianças com câncer na Paraíba. Para isto, vamos incentivar a prática do cicloturismo e os cuidados com a saúde, alimentação e atividade física e mental. A ideia também é alertar sobre a importância do diagnóstico precoce”, afirma. 
 
Para o atleta, trabalhar com a questão de saúde envolve também o conceito de responsabilidade universal. “O Sangue de Nossas Veias é um protejo sem fins lucrativos e tem como foco a responsabilidade universal e o altruísmo como ferramentas para mudança de realidade. Toda renda que será arrecadada será destinada para a Associação Donos do Amanhã que atua no atendimento a crianças com câncer”, diz.
 
Foto: Edmilson Fonseca é instrutor da National Outdoor Leadership School (NOLS), nos Estados Unidos, Brasil e Chile e André Sena é industriário e educador ao ar livre
 
Fonte: Divulgação 
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Boas Festas !!!

"Melhor do que todos os presentes por baixo da árvore de natal é a presença de uma família feliz. 

Boas festas !"



"Fraternidade, fundamento e caminho para a paz". A mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz

Cidade do Vaticano (RV) - Foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 12, a mensagem do Santo Padre Francisco para a celebração do Dia Mundial da Paz, que se celebra em 1º de janeiro de 2014. O tema é "Fraternidade, fundamento e caminho para a paz", e abaixo, publicamos a íntegra do texto, publicado pela Secretaria de EStado do Vaticano. 

FRATERNIDADE, FUNDAMENTO E CAMINHO PARA A PAZ

1. Nesta minha primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz, desejo formular a todos, indivíduos e povos, votos duma vida repleta de alegria e esperança. Com efeito, no coração de cada homem e mulher, habita o anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.

Na realidade, a fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo ele um ser relacional. A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura. E convém desde já lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças sobretudo às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe. A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor.
O número sempre crescente de ligações e comunicações que envolvem o nosso planeta torna mais palpável a consciência da unidade e partilha dum destino comum entre as nações da terra. Assim, nos dinamismos da história – independentemente da diversidade das etnias, das sociedades e das culturas –, vemos semeada a vocação a formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros. Contudo, ainda hoje, esta vocação é muitas vezes contrastada e negada nos factos, num mundo caracterizado pela «globalização da indiferença» que lentamente nos faz «habituar» ao sofrimento alheio, fechando-nos em nós mesmos.

Em muitas partes do mundo, parece não conhecer tréguas a grave lesão dos direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião. Exemplo preocupante disso mesmo é o dramático fenómeno do tráfico de seres humanos, sobre cuja vida e desespero especulam pessoas sem escrúpulos. Às guerras feitas de confrontos armados juntam-se guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, que se combatem nos campos económico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas.

A globalização, como afirmou Bento XVI, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos. As inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça indicam não só uma profunda carência de fraternidade, mas também a ausência duma cultura de solidariedade. As novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do «descartável» que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados «inúteis». Assim, a convivência humana assemelha-se sempre mais a um mero do ut des pragmático e egoísta.
Ao mesmo tempo, resulta claramente que as próprias éticas contemporâneas se mostram incapazes de produzir autênticos vínculos de fraternidade, porque uma fraternidade privada da referência a um Pai comum como seu fundamento último não consegue subsistir. Uma verdadeira fraternidade entre os homens supõe e exige uma paternidade transcendente. A partir do reconhecimento desta paternidade, consolida-se a fraternidade entre os homens, ou seja, aquele fazer-se «próximo» para cuidar do outro.

«Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9)

2. Para compreender melhor esta vocação do homem à fraternidade e para reconhecer de forma mais adequada os obstáculos que se interpõem à sua realização e identificar as vias para a superação dos mesmos, é fundamental deixar-se guiar pelo conhecimento do desígnio de Deus, tal como se apresenta de forma egrégia na Sagrada Escritura.

Segundo a narração das origens, todos os homens provêm dos mesmos pais, de Adão e Eva, casal criado por Deus à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 26), do qual nascem Caim e Abel. Na história desta família primigénia, lemos a origem da sociedade, a evolução das relações entre as pessoas e os povos.

Abel é pastor, Caim agricultor. A sua identidade profunda e, conjuntamente, a sua vocação é ser irmãos, embora na diversidade da sua actividade e cultura, da sua maneira de se relacionarem com Deus e com a criação. Mas o assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. Gn 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros. Caim, não aceitando a predilecção de Deus por Abel, que Lhe oferecia o melhor do seu rebanho – «o Senhor olhou com agrado para Abel e para a sua oferta, mas não olhou com agrado para Caim nem para a sua oferta» (Gn 4, 4-5) –, mata Abel por inveja. Desta forma, recusa reconhecer-se irmão, relacionar-se positivamente com ele, viver diante de Deus, assumindo as suas responsabilidades de cuidar e proteger o outro. À pergunta com que Deus interpela Caim – «onde está o teu irmão?» –, pedindo-lhe contas da sua acção, responde: «Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9). Depois – diz-nos o livro do Génesis –, «Caim afastou-se da presença do Senhor» (4, 16).

É preciso interrogar-se sobre os motivos profundos que induziram Caim a ignorar o vínculo de fraternidade e, simultaneamente, o vínculo de reciprocidade e comunhão que o ligavam ao seu irmão Abel. O próprio Deus denuncia e censura a Caim a sua contiguidade com o mal: «o pecado deitar-se-á à tua porta» (Gn 4, 7). Mas Caim recusa opor-se ao mal, e decide igualmente «lançar-se sobre o irmão» (Gn 4, 8), desprezando o projecto de Deus. Deste modo, frustra a sua vocação original para ser filho de Deus e viver a fraternidade.

A narração de Caim e Abel ensina que a humanidade traz inscrita em si mesma uma vocação à fraternidade, mas também a possibilidade dramática da sua traição. Disso mesmo dá testemunho o egoísmo diário, que está na base de muitas guerras e injustiças: na realidade, muitos homens e mulheres morrem pela mão de irmãos e irmãs que não sabem reconhecer-se como tais, isto é, como seres feitos para a reciprocidade, a comunhão e a doação.

«E vós sois todos irmãos» (Mt 23, 8)

3. Surge espontaneamente a pergunta: poderão um dia os homens e as mulheres deste mundo corresponder plenamente ao anseio de fraternidade, gravado neles por Deus Pai? Conseguirão, meramente com as suas forças, vencer a indiferença, o egoísmo e o ódio, aceitar as legítimas diferenças que caracterizam os irmãos e as irmãs?

Parafraseando as palavras do Senhor Jesus, poderemos sintetizar assim a resposta que Ele nos dá: dado que há um só Pai, que é Deus, vós sois todos irmãos (cf. Mt 23, 8-9). A raiz da fraternidade está contida na paternidade de Deus. Não se trata de uma paternidade genérica, indistinta e historicamente ineficaz, mas do amor pessoal, solícito e extraordinariamente concreto de Deus por cada um dos homens (cf. Mt 6, 25-30). Trata-se, por conseguinte, de uma paternidade eficazmente geradora de fraternidade, porque o amor de Deus, quando é acolhido, torna-se no mais admirável agente de transformação da vida e das relações com o outro, abrindo os seres humanos à solidariedade e à partilha activa.

Em particular, a fraternidade humana foi regenerada em e por Jesus Cristo, com a sua morte e ressurreição. A cruz é o «lugar» definitivo de fundação da fraternidade que os homens, por si sós, não são capazes de gerar. Jesus Cristo, que assumiu a natureza humana para a redimir, amando o Pai até à morte e morte de cruz (cf. Fl 2, 8), por meio da sua ressurreição constitui-nos como humanidade nova, em plena comunhão com a vontade de Deus, com o seu projecto, que inclui a realização plena da vocação à fraternidade.

Jesus retoma o projecto inicial do Pai, reconhecendo-Lhe a primazia sobre todas as coisas. Mas Cristo, com o seu abandono até à morte por amor do Pai, torna-Se princípio novo e definitivo de todos nós, chamados a reconhecer-nos n’Ele como irmãos, porque filhos do mesmo Pai. Ele é a própria Aliança, o espaço pessoal da reconciliação do homem com Deus e dos irmãos entre si. Na morte de Jesus na cruz, ficou superada também a separação entre os povos, entre o povo da Aliança e o povo dos Gentios, privado de esperança porque permanecera até então alheio aos pactos da Promessa. Como se lê na Carta aos Efésios, Jesus Cristo é Aquele que reconcilia em Si todos os homens. Ele é a paz, porque, dos dois povos, fez um só, derrubando o muro de separação que os dividia, ou seja, a inimizade. Criou em Si mesmo um só povo, um só homem novo, uma só humanidade nova (cf. 2,14-16).

Quem aceita a vida de Cristo e vive n’Ele, reconhece Deus como Pai e a Ele Se entrega totalmente, amando-O acima de todas as coisas. O homem reconciliado vê, em Deus, o Pai de todos e, consequentemente, é solicitado a viver uma fraternidade aberta a todos. Em Cristo, o outro é acolhido e amado como filho ou filha de Deus, como irmão ou irmã, e não como um estranho, menos ainda como um antagonista ou até um inimigo. Na família de Deus, onde todos são filhos dum mesmo Pai e, porque enxertados em Cristo, filhos no Filho, não há «vidas descartáveis». Todos gozam de igual e inviolável dignidade; todos são amados por Deus, todos foram resgatados pelo sangue de Cristo, que morreu na cruz e ressuscitou por cada um. Esta é a razão pela qual não se pode ficar indiferente perante a sorte dos irmãos.

A fraternidade, fundamento e caminho para a paz

4. Suposto isto, é fácil compreender que a fraternidade é fundamento e caminho para a paz. As Encíclicas sociais dos meus Predecessores oferecem uma ajuda valiosa neste sentido. Basta ver as definições de paz da Populorum progressio, de Paulo VI, ou da Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II. Da primeira, apreendemos que o desenvolvimento integral dos povos é o novo nome da paz e, da segunda, que a paz é opus solidaritatis, fruto da solidariedade. 
Paulo VI afirma que tanto as pessoas como as nações se devem encontrar num espírito de fraternidade. E explica: «Nesta compreensão e amizade mútuas, nesta comunhão sagrada, devemos (...) trabalhar juntos para construir o futuro comum da humanidade». Este dever recai primariamente sobre os mais favorecidos. As suas obrigações radicam-se na fraternidade humana e sobrenatural, apresentando-se sob um tríplice aspecto: o dever de solidariedade, que exige que as nações ricas ajudem as menos avançadas; o dever de justiça social, que requer a reformulação em termos mais correctos das relações defeituosas entre povos fortes e povos fracos; o dever de caridade universal, que implica a promoção de um mundo mais humano para todos, um mundo onde todos tenham qualquer coisa a dar e a receber, sem que o progresso de uns seja obstáculo ao desenvolvimento dos outros.

Ora, da mesma forma que se considera a paz como opus solidarietatis, é impossível não pensar que o seu fundamento principal seja a fraternidade. A paz, afirma João Paulo II, é um bem indivisível: ou é bem de todos, ou não o é de ninguém. Na realidade, a paz só pode ser conquistada e usufruída como melhor qualidade de vida e como desenvolvimento mais humano e sustentável, se estiver viva, em todos, «a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum». Isto implica não deixar-se guiar pela «avidez do lucro» e pela «sede do poder». É preciso estar pronto a «“perder-se” em benefício do próximo em vez de o explorar, e a “servi-lo” em vez de o oprimir para proveito próprio (...). O “outro” – pessoa, povo ou nação – [não deve ser visto] como um instrumento qualquer, de que se explora, a baixo preço, a capacidade de trabalhar e a resistência física, para o abandonar quando já não serve; mas sim como um nosso “semelhante”, um “auxílio”». 

A solidariedade cristã pressupõe que o próximo seja amado não só como «um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental em relação a todos os demais, mas [como] a imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objecto da acção permanente do Espírito Santo», como um irmão. «Então a consciência da paternidade comum de Deus, da fraternidade de todos os homens em Cristo, “filhos no Filho”, e da presença e da acção vivificante do Espírito Santo conferirá – lembra João Paulo II – ao nosso olhar sobre o mundo como que um novo critério para o interpretar», para o transformar.

A fraternidade, premissa para vencer a pobreza

5. Na Caritas in veritate, o meu Predecessor lembrava ao mundo que uma causa importante da pobreza é a falta de fraternidade entre os povos e entre os homens. Em muitas sociedades, sentimos uma profunda pobreza relacional, devido à carência de sólidas relações familiares e comunitárias; assistimos, preocupados, ao crescimento de diferentes tipos de carências, marginalização, solidão e de várias formas de dependência patológica. Uma tal pobreza só pode ser superada através da redescoberta e valorização de relações fraternas no seio das famílias e das comunidades, através da partilha das alegrias e tristezas, das dificuldades e sucessos presentes na vida das pessoas.

Além disso, se por um lado se verifica uma redução da pobreza absoluta, por outro não podemos deixar de reconhecer um grave aumento da pobreza relativa, isto é, de desigualdades entre pessoas e grupos que convivem numa região específica ou num determinado contexto histórico-cultural. Neste sentido, servem políticas eficazes que promovam o princípio da fraternidade, garantindo às pessoas – iguais na sua dignidade e nos seus direitos fundamentais – acesso aos «capitais», aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos, para que cada uma delas tenha oportunidade de exprimir e realizar o seu projecto de vida e possa desenvolver-se plenamente como pessoa.

Reconhece-se haver necessidade também de políticas que sirvam para atenuar a excessiva desigualdade de rendimento. Não devemos esquecer o ensinamento da Igreja sobre a chamada hipoteca social, segundo a qual, se é lícito – como diz São Tomás de Aquino – e mesmo necessário que «o homem tenha a propriedade dos bens», quanto ao uso, porém, «não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si mas também aos outros». 

Por último, há uma forma de promover a fraternidade – e, assim, vencer a pobreza – que deve estar na base de todas as outras. É o desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais, por quem, partilhando as suas riquezas, consegue assim experimentar a comunhão fraterna com os outros. Isto é fundamental, para seguir Jesus Cristo e ser verdadeiramente cristão. É o caso não só das pessoas consagradas que professam voto de pobreza, mas também de muitas famílias e tantos cidadãos responsáveis que acreditam firmemente que a relação fraterna com o próximo constitua o bem mais precioso.

A redescoberta da fraternidade na economia

6. As graves crises financeiras e económicas dos nossos dias – que têm a sua origem no progressivo afastamento do homem de Deus e do próximo, com a ambição desmedida de bens materiais, por um lado, e o empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias, por outro – impeliram muitas pessoas a buscar o bem-estar, a felicidade e a segurança no consumo e no lucro fora de toda a lógica duma economia saudável. Já, em 1979, o Papa João Paulo II alertava para a existência de «um real e perceptível perigo de que, enquanto progride enormemente o domínio do homem sobre o mundo das coisas, ele perca os fios essenciais deste seu domínio e, de diversas maneiras, submeta a elas a sua humanidade, e ele próprio se torne objecto de multiforme manipulação, se bem que muitas vezes não directamente perceptível; manipulação através de toda a organização da vida comunitária, mediante o sistema de produção e por meio de pressões dos meios de comunicação social». 

As sucessivas crises económicas devem levar a repensar adequadamente os modelos de desenvolvimento económico e a mudar os estilos de vida. A crise actual, com pesadas consequências na vida das pessoas, pode ser também uma ocasião propícia para recuperar as virtudes da prudência, temperança, justiça e fortaleza. Elas podem ajudar-nos a superar os momentos difíceis e a redescobrir os laços fraternos que nos unem uns aos outros, com a confiança profunda de que o homem tem necessidade e é capaz de algo mais do que a maximização do próprio lucro individual. As referidas virtudes são necessárias sobretudo para construir e manter uma sociedade à medida da dignidade humana.

A fraternidade extingue a guerra

7. Ao longo do ano que termina, muitos irmãos e irmãs nossos continuaram a viver a experiência dilacerante da guerra, que constitui uma grave e profunda ferida infligida à fraternidade.

Há muitos conflitos que se consumam na indiferença geral. A todos aqueles que vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição, asseguro a minha solidariedade pessoal e a de toda a Igreja. Esta última tem por missão levar o amor de Cristo também às vítimas indefesas das guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror. De igual modo a Igreja levanta a sua voz para fazer chegar aos responsáveis o grito de dor desta humanidade atribulada e fazer cessar, juntamente com as hostilidades, todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem. 
Por este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte, com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão! Renunciai à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso redor! «Nesta óptica, torna-se claro que, na vida dos povos, os conflitos armados constituem sempre a deliberada negação de qualquer concórdia internacional possível, originando divisões profundas e dilacerantes feridas que necessitam de muitos anos para se curarem. As guerras constituem a rejeição prática de se comprometer para alcançar aquelas grandes metas económicas e sociais que a comunidade internacional estabeleceu». 

Mas, enquanto houver em circulação uma quantidade tão grande como a actual de armamentos, poder-se-á sempre encontrar novos pretextos para iniciar as hostilidades. Por isso, faço meu o apelo lançado pelos meus Predecessores a favor da não-proliferação das armas e do desarmamento por parte de todos, a começar pelo desarmamento nuclear e químico.
Não podemos, porém, deixar de constatar que os acordos internacionais e as leis nacionais, embora sendo necessários e altamente desejáveis, por si sós não bastam para preservar a humanidade do risco de conflitos armados. É precisa uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos. Este é o espírito que anima muitas das iniciativas da sociedade civil, incluindo as organizações religiosas, a favor da paz. Espero que o compromisso diário de todos continue a dar fruto e que se possa chegar também à efectiva aplicação, no direito internacional, do direito à paz como direito humano fundamental, pressuposto necessário para o exercício de todos os outros direitos.

A corrupção e o crime organizado contrastam a fraternidade

8. O horizonte da fraternidade apela ao crescimento em plenitude de todo o homem e mulher. As justas ambições duma pessoa, sobretudo se jovem, não devem ser frustradas nem lesadas; não se lhe deve roubar a esperança de podê-las realizar. A ambição, porém, não deve ser confundida com prevaricação; pelo contrário, é necessário competir na mútua estima (cf. Rm 12, 10). Mesmo nas disputas, que constituem um aspecto inevitável da vida, é preciso recordar-se sempre de que somos irmãos; por isso, é necessário educar e educar-se para não considerar o próximo como um inimigo nem um adversário a eliminar.

A fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e solidariedade, entre bem dos indivíduos e bem comum. Uma comunidade política deve, portanto, agir de forma transparente e responsável para favorecer tudo isto. Os cidadãos devem sentir-se representados pelos poderes públicos, no respeito da sua liberdade. Em vez disso, muitas vezes, entre cidadão e instituições, interpõem-se interesses partidários que deformam essa relação, favorecendo a criação dum clima perene de conflito.
Um autêntico espírito de fraternidade vence o egoísmo individual, que contrasta a possibilidade das pessoas viverem em liberdade e harmonia entre si. Tal egoísmo desenvolve-se, socialmente, quer nas muitas formas de corrupção que hoje se difunde de maneira capilar, quer na formação de organizações criminosas – desde os pequenos grupos até àqueles organizados à escala global – que, minando profundamente a legalidade e a justiça, ferem no coração a dignidade da pessoa. Estas organizações ofendem gravemente a Deus, prejudicam os irmãos e lesam a criação, revestindo-se duma gravidade ainda maior se têm conotações religiosas.

Penso no drama dilacerante da droga com a qual se lucra desafiando leis morais e civis, na devastação dos recursos naturais e na poluição em curso, na tragédia da exploração do trabalho; penso nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação financeira que, muitas vezes, assume caracteres predadores e nocivos para inteiros sistemas económicos e sociais, lançando na pobreza milhões de homens e mulheres; penso na prostituição que diariamente ceifa vítimas inocentes, sobretudo entre os mais jovens, roubando-lhes o futuro; penso no abomínio do tráfico de seres humanos, nos crimes e abusos contra menores, na escravidão que ainda espalha o seu horror em muitas partes do mundo, na tragédia frequentemente ignorada dos emigrantes sobre quem se especula indignamente na ilegalidade. A este respeito escreveu João XXIII: «Uma convivência baseada unicamente em relações de força nada tem de humano: nela vêem as pessoas coarctada a própria liberdade, quando, pelo contrário, deveriam ser postas em condição tal que se sentissem estimuladas a procurar o próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento». Mas o homem pode converter-se, e não se deve jamais desesperar da possibilidade de mudar de vida. Gostaria que isto fosse uma mensagem de confiança para todos, mesmo para aqueles que cometeram crimes hediondos, porque Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cf. Ez 18, 23).

No contexto alargado da sociabilidade humana, considerando o delito e a pena, penso também nas condições desumanas de muitos estabelecimentos prisionais, onde frequentemente o preso acaba reduzido a um estado sub-humano, violado na sua dignidade de homem e sufocado também em toda a vontade e expressão de resgate. A Igreja faz muito em todas estas áreas, a maior parte das vezes sem rumor. Exorto e encorajo a fazer ainda mais, na esperança de que tais acções desencadeadas por tantos homens e mulheres corajosos possam cada vez mais ser sustentadas, leal e honestamente, também pelos poderes civis.

A fraternidade ajuda a guardar e cultivar a natureza

9. A família humana recebeu, do Criador, um dom em comum: a natureza. A visão cristã da criação apresenta um juízo positivo sobre a licitude das intervenções na natureza para dela tirar benefício, contanto que se actue responsavelmente, isto é, reconhecendo aquela «gramática» que está inscrita nela e utilizando, com sabedoria, os recursos para proveito de todos, respeitando a beleza, a finalidade e a utilidade dos diferentes seres vivos e a sua função no ecossistema. Em suma, a natureza está à nossa disposição, mas somos chamados a administrá-la responsavelmente. Em vez disso, muitas vezes deixamo-nos guiar pela ganância, pela soberba de dominar, possuir, manipular, desfrutar; não guardamos a natureza, não a respeitamos, nem a consideramos como um dom gratuito de que devemos cuidar e colocar ao serviço dos irmãos, incluindo as gerações futuras.

De modo particular o sector produtivo primário, o sector agrícola, tem a vocação vital de cultivar e guardar os recursos naturais para alimentar a humanidade. A propósito, a persistente vergonha da fome no mundo leva-me a partilhar convosco esta pergunta: De que modo usamos os recursos da terra? As sociedades actuais devem reflectir sobre a hierarquia das prioridades no destino da produção. De facto, é um dever impelente que se utilizem de tal modo os recursos da terra, que todos se vejam livres da fome. As iniciativas e as soluções possíveis são muitas, e não se limitam ao aumento da produção. É mais que sabido que a produção actual é suficiente, e todavia há milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um verdadeiro escândalo. Por isso, é necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas, mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e de respeito por cada ser humano. Neste sentido, gostaria de lembrar a todos o necessário destino universal dos bens, que é um dos princípios fulcrais da doutrina social da Igreja. O respeito deste princípio é a condição essencial para permitir um acesso real e equitativo aos bens essenciais e primários de que todo o homem precisa e tem direito.

Conclusão

10. Há necessidade que a fraternidade seja descoberta, amada, experimentada, anunciada e testemunhada; mas só o amor dado por Deus é que nos permite acolher e viver plenamente a fraternidade.

O necessário realismo da política e da economia não pode reduzir-se a um tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem. Quando falta esta abertura a Deus, toda a actividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objecto passível de exploração. Somente se a política e a economia aceitarem mover-se no amplo espaço assegurado por esta abertura Àquele que ama todo o homem e mulher, é que conseguirão estruturar-se com base num verdadeiro espírito de caridade fraterna e poderão ser instrumento eficaz de desenvolvimento humano integral e de paz.

Nós, cristãos, acreditamos que, na Igreja, somos membros uns dos outros e todos mutuamente necessários, porque a cada um de nós foi dada uma graça, segundo a medida do dom de Cristo, para utilidade comum (cf. Ef 4, 7.25; 1 Cor 12, 7). Cristo veio ao mundo para nos trazer a graça divina, isto é, a possibilidade de participar na sua vida. Isto implica tecer um relacionamento fraterno, caracterizado pela reciprocidade, o perdão, o dom total de si mesmo, segundo a grandeza e a profundidade do amor de Deus, oferecido à humanidade por Aquele que, crucificado e ressuscitado, atrai todos a Si: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 34-35). Esta é a boa nova que requer, de cada um, um passo mais, um exercício perene de empatia, de escuta do sofrimento e da esperança do outro, mesmo do que está mais distante de mim, encaminhando-se pela estrada exigente daquele amor que sabe doar-se e gastar-se gratuitamente pelo bem de cada irmão e irmã.

Cristo abraça todo o ser humano e deseja que ninguém se perca. «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3, 17). Fá-lo sem oprimir, sem forçar ninguém a abrir-Lhe as portas do coração e da mente. «O que for maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve – diz Jesus Cristo –. Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22, 26-27). Deste modo, cada actividade deve ser caracterizada por uma atitude de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas. O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz.

Que Maria, a Mãe de Jesus, nos ajude a compreender e a viver todos os dias a fraternidade que jorra do coração do seu Filho, para levar a paz a todo o homem que vive nesta nossa amada terra.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2013.


[Franciscus]

sábado, 7 de dezembro de 2013

8 DE DEZEMBRO - DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

 8 DE DEZEMBRO - DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Reino.

Nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646, declarou el-rei D. João IV que tomava a Virgem Nossa Senhora da Conceição por padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro.
Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Não foi D. João IV o primeiro monarca português que colocou o reino sob a proteção da Virgem; apenas tornou permanente uma devoção, a que os nossos reis se acolheram algumas vezes em momentos críticos para a pátria.

D. João I punha nas portas da capital a inscrição louvando a Virgem, e erigia o convento da Batalha a Nossa Senhora, como o seu esforçado companheiro D. Nuno Alvares Pereira levantava à Santa Maria o convento do Carmo. Foi por provisão de 25 de Março, do referido ano de 1646, que se mandou tomar por padroeira do reino Nossa Senhora da Conceição.

Comemorando este fato cunharam-se umas medalhas de ouro de 22 quilates, com o peso de 12 oitavas, e outras semelhantes, mas de prata, com o peso de uma onça, as quais foram depois admitidas por lei como moedas correntes, as de ouro por 12$000 réis e as de prata por 600 réis.
Segundo diz Lopes Fernandes, na sua "Memória das Medalhas", que António Routier foi mandado vir de França, trazendo um engenho para lavrar as ditas medalhas, as quais se tornaram excessivamente raras, e as que aquele autor numismata viu cunhadas foram as reproduzidas na mesma Casa da Moeda no tempo de D. Pedro II.

Acham-se também estampadas na História Genealógica, tomo IV, tábua EE. A descrição é a seguinte: JOANNES IIII, D. G. PORTUGALIAE ET ALGARBIAE REX – Cruz da ordem de Cristo, e no centro as armas portuguesas. Reverso: TUTELARIS RE­GNI – Imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre o globo e a meia-lua, com a data de 1648, e nos lados, o Sol, o espelho, o horto, a casa de ouro, a fonte selada e arca do santuário.

O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, pela bula Ineffabilis. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma.

Em 8 de dezembro de 1904, lançou-se em Lisboa solenemente a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinqüentenário da definição do dogma. Ao ato, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da atual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589.

No Brasil é tradição montar a árvore de Natal e enfeitar a casa no dia 8 de dezembro, dia de N.Sra. da Conceição.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Falar do meu pai ...

Seria díficil encontrar palavras para defini-lo, quando elas, para mim nunca foram necessárias, pois os meus sentimentos sempre falaram mais alto.

O tempo passa ... A sua presença ainda é, e sempre será, muito forte nas nossas vidas, principalmente na condução da familia através do seu exemplo.

Respeito, Admiração e Amor, resumem tudo o que me levou a prestar esta justa homenagem, a um homem que em vida só semeou a amizade, a justiça e o trabalho, que teve como parâmetros de vida a família e a saúde publica e como maiores mandamentos o Exercíto e a Igreja, devoto, que era, de Nossa Senhora do Carmo.

Romildo, como eu carinhosamente o chamava, não foi apenas um nome, Romildo foi um estilo de vida, um caminho a seguir, um exemplo de esposo, pai, avô, irmão, tio, cunhado, sogro, amigo e, como médico e homem carinhoso e caridoso, que fazia questão de ajudar a todos que o procuravam.

Miro, como os mais intimos o apelidavam, trazia consigo as raizes de uma infância pobre de valores materiais, mais rica em ensinamentos e em amizades puras e desinteressadas. Foi este alicerce que o conduziu ao mais alto posto, dentro do Estado, na sua profissão, ao cargo de Secretário de Saúde do Estado da Paraíba, onde com a mesma humildade desenvolveu um trabalho sério, voltado aos mais necessitados e, revivendo a sua história, levou para o seu querido bairro do ROGER um posto de saúde para os seus conterrâneos mais carentes.

Falar do meu Pai, é sofrer a sua ausência, é alimentar uma saudade, mas acima de tudo, é relembrar momentos alegres e de aprendizados, onde a preparação para o futuro era uma constante em suas ações, hoje, reconheço e agradeço. Obrigado meu Pai.

Deus, Senhor de tudo e de todos, o levou para junto dele e para os braços de “Maria do Carmo” , ficou a saudade, mais ficou também uma presença espiritual bonita da história de um homem de coração bom, justo e temente a Deus.

Romildo, sempre te amarei ... Até um dia ...



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Agosto em Rotary é mês do Desenvolvimento do Quadro Associativo

1 - Promova, através da mídia, atividades de clubes e distrito relacionados a tópicos importantes na comunidade - Sempre que o Rotary é mencionado nos noticiários centenas, milhares de pessoas tomam conhecimento. Além de aprimorar a imagem do Rotary, a divulgação pode ajudar na obtenção de suporte para projetos, atrair novos associados e melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados. A fim de aproveitar ao máximo as vantagens oferecidas pela mídia, o Rotary deve ser apresentado adequadamente. Vide, abaixo, algumas sugestões sobre como promover o Rotary eficazmente através da mídia falada e escrita:
• Nomeie presidentes de comissão de Imagem Pública do Rotary para o clube e o distrito - para atrair a atenção da mídia faz-se necessária muita pesquisa e esforço. Uma vantagem significativa é obtida quando os presidentes nomeados para essas comissões são profissionais do setor e têm informações sobre a mídia.

• Informe-se sobre a mídia local - Aborde de forma estratégica. Procure conectar sua história a uma situação local de maiores proporções ou eventos noticiosos atuais. Ao apresentar sua história, certifique-se de que esta seja clara, curta e objetiva. Imagine a melhor forma de apresentar o Rotary em 30 segundos e adapte sua idéia de acordo com um jornalista, publicação ou programa de rádio/TV específicos, levando em consideração a natureza e amplitude do assunto.

• Ofereça porta-vozes conhecedores do Rotary - Ao sugerir uma história para a mídia, certifique-se de poder contar com porta-vozes competentes. Porta-vozes devem ser pessoas altamente envolvidas em atividades do Rotary e, assim, habilitadas a informar pessoas. Experiência no trato com a imprensa é fundamental.

• Identifique pontos de sua história que mereçam divulgação - Qualquer história sobre o Rotary deverá conter material que mereça ser noticiado. O melhor ponto de imagem pública do Rotary jaz na eficácia da prestação de serviços. A forma com a qual o Rotary atende as carências comunitárias é o tipo de história que interessa à maioria dos jornalistas. É aconselhável suportar sua história com material de referência, tal como folhas de dados, panfletos informativos, disponíveis através do centro de serviços.
Para obter mais informações sobre como promover atividades de clubes, consulte publicações do Rotary tais como "Relações Públicas Eficazes: Um Guia para os Rotary Clubs” http://www.rotary.org/RIdocuments/pt_pdf/257pt.pdf

2 - Desenvolva um site e incentive outras organizações comunitárias a criar um link que leve a ele - nessa era de tecnologia, é imprescindível manter-se atualizado. A Internet é uma ferramenta poderosa para compartilhar atividades de clube e distrito.

• Considere a idéia de criar uma página para seu clube ou distritos. Sites rotários ajudam a atrair e manter associados, facilitam a comunicação global entre os clubes e fazem com que informações atuais sobre projetos de clube estejam sempre disponíveis à mídia local.

• A mensagem do Rotary pode chegar a um número muito maior de pessoas se incentivarmos os grupos comunitários a informar aos visitantes o site de seu clube.

• Utilize a mídia social - Twitter, Facebook, Orkut, You Tube, etc.

3 - Solicite o endosso de terceiros para seus projetos rotários - É importante para os rotarianos compartilhar o bom trabalho realizado pelo Rotary, mas é bom que se saiba que essas boas ações têm muito mais crédito quando estão nas mentes e bocas das pessoas de fora. Emparceiramento entre o Rotary e outras organizações é um excelente recurso para se obter endosso de terceiros para suas atividades. Solicite a diretores executivos e líderes comunitários que mencionem o Rotary durante eventos, em publicações organizacionais e através da mídia.

4 - Peça àqueles beneficiados pelos serviços rotários que falem em favor do clube ou distrito - Não há depoimento mais poderoso do que aquele feito por pessoas, famílias ou entidades diretamente beneficiadas pelo trabalho do Rotary. Por exemplo: durante uma entrevista à imprensa onde sejam divulgados projetos realizados pelo Rotary, peça para que representantes da entidade beneficiada falem sobre o projeto em vez de um representante oficial do Rotary. A audiência do programa ou os leitores dos jornais ficarão muito mais comovidos por um testemunho pessoal do que por um discurso.

5 - Divulgue através de publicações profissionais e de negócios a participação dos sócios em atividades de clube e distrito - Rotarianos dedicam grande quantidade de tempo pessoal a serviços voluntários nas respectivas comunidades. Faça com que seu trabalho seja reconhecido por colegas de profissão, enviando comunicados à imprensa para as publicações especializadas. Por ex.: divulgue em um periódico profissional o trabalho de um sócio em uma iniciativa contra a violência.

6 - Organize exibições do Rotary em bibliotecas, bancos, prefeituras, etc. - Muitas organizações permitem que grupos comunitários exibam materiais em suas instalações. Encomende material promocional através do catálogo do RI e organize exibições informativas em locais movimentados.

7 - Produza um vídeo sobre as atividades do clube e distrito - Muitos Rotary Clubs têm associados que dispõe de equipamento e conhecimento necessário para produzir vídeos e promover atividades rotárias. O vídeo poderia ser exibido e também enviado a representantes da mídia e outras organizações interessadas no assunto. Uma versão mais curta poderia ser submetida a emissoras de TV para uso como anúncio de utilidade pública. Além disso, o vídeo pode ser usado em conferências distritais e outros eventos rotários.

Utilize o material "HUMANIDADE EM AÇÃO" enviado aos distritos e clubes.

8 - Promova o trabalho do Rotary em prol do adolescentes - A mídia está sempre interessada em notícias relacionadas aos jovens. Repórteres têm interesse especial por projetos que envolvam diretamente os jovens como, por exemplo, atividades de Rotaract, Interact, Rotakids e o programa de Bolsas Educacionais e Bolsas Rotary pela Paz Mundial. A promoção dos serviços pró-juventude junto à mídia é uma boa maneira de atualizar a imagem do Rotary.

9 - Procure oportunidades para rotarianos darem palestra em eventos e escolas da comunidade - Visibilidade é um pré-requisito importantíssimo para o crescimento do quadro associativo, daí a importância de se buscar oportunidades para se apresentar. Rotarianos são pessoas qualificadas que podem tecer comentários sobre qualquer tópico referente à comunidade. Aja com antecedência e precipite-se ao convite. Os organizadores lhe serão gratos por se oferecer!

10 - Dê uma palestra no clube da imprensa local - Toda grande cidade tem uma associação de representantes da imprensa. Informe-se sobre a de sua área e entre em contato com seus representantes, cogitando a possibilidade de apresentar uma palestra durante um futuro encontro da associação. Diga-lhes que gostaria de falar sobre o papel do Rotary na campanha de erradicação da poliomielite, em prevenção do uso de drogas, programas de combate à violência e outras iniciativas criadas para proporcionar atividades preventivas/recreativas.

Postado por Alceu Eberhardt às 14:04 


sexta-feira, 10 de maio de 2013

João Pessoa promove Fórum Rotary pela Paz

João Pessoa promove Fórum Rotary pela Paz
João Pessoa promove Fórum Rotary pela PAZ

O Fórum Rotary pela Paz, realizado no plenário da Câmara Municipal de João Pessoa, discutiu entre outras coisas ações que combatam a atual cultura da violência, como por exemplo, o foco na educação e na conscientização dos indivíduos.

A “Arca da Paz” com mensagens pedindo paz foi lacrada para ser reaberta  daqui a dez anos.

O Coordenador Estadual do Movimento pela Paz (Movpaz), Almir Laureano, iniciou o evento proferindo palestra sobre a cultura da violência que impera na sociedade atualmente e a necessidade de desconstruí-la. Conforme o palestrante, o uso da violência impede que os seres humanos sejam considerados plenamente civilizados: “O homem usava a agressividade para sua própria sobrevivência, mas atualmente não há mais esse propósito. A agressividade é voltada para outros fins, e não dá para estabelecer uma cultura de paz em estruturas velhas e carcomidas pela cultura da violência”, declarou.

Almir Laureano enfatizou a necessidade de educar os cidadãos como ponto-chave para combater o problema. “O foco não é só nos bandidos, é na sociedade como um todo. A violência pode até ser praticada por seres humanos evoluídos, mas não pelos sujeitos educados para evitá-la. Um profundo trabalho de educação é o caminho”, afirmou.

Durante a realização do fórum a Câmara Municipal de João Pessoa  homenageou a entidade Rotary Club, que realiza atividades de natureza social, filantrópica e humanitária ao redor do mundo e em especial na Capital paraibana. O “Fórum Rotary pela Paz” foi realizado durante sessão especial e, na ocasião, foi outorgado Diploma de Honra ao Mérito ao Rotary Club João Pessoa pelos 80 anos aqui na capital. A propositura foi do vereador Raoni Mendes (PDT).

O vereador Raoni Mendes também apontou a conscientização de cada pessoa como forma de transformar a realidade atual. Segundo ele, é preciso começar o trabalho pela paz dentro de cada indivíduo: “Estamos na ânsia de ter sempre mais, em detrimento do ser, e é preciso ao homem observar isso e se doar mais, ser capaz de mais gestos de solidariedade”, sugeriu.

Alunos do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) de escolas públicas da Capital e de Guarabira trouxeram cartazes com mensagens de paz para a sessão especial da CMJP e escreveram redações tratando sobre o tema. A intenção é guardá-las para serem lidas no futuro.

 “Arca da Paz” é lacrada e será reaberta daqui a dez anos

Estudantes, professores, rotarianos e demais participantes escreveram mensagens de paz, explanando sobre a realidade atual e sobre o que gostariam que mudasse na sociedade em uma década.

As mensagens foram guardadas na “Arca da Paz”, que foi lacrada para ser mantida na Fundação da CMJP pelos próximos dez anos e reaberta em uma nova sessão sobre o tema na Casa Napoleão Laureano, vencido esse prazo. A intenção é ver como a sociedade se comportou durante o período e se as mudanças desejadas realmente aconteceram.

João Eduardo Melo, que coordenou os trabalhos do Fórum durante a sessão especial, pediu: “Precisamos melhorar este mundo para que, quando reabrirmos a urna, não nos deparemos com a mesma situação, mas que tudo tenha mudado”.

Durante o evento, também foi lançado um selo personalizado alusivo aos 80 anos do Rotary Club de João Pessoa. Representando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, esteve presente o diretor-adjunto dos Correios na Paraíba, Manoel Francisco de Melo Neto.
História do Rotary Club

O Rotary Club é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que atua mundialmente desenvolvendo projetos humanitários, programas internacionais e de intercâmbio cultural com o objetivo de promover e defender a paz. A entidade tem unidades em 189 países e foi implantada na Paraíba em 1933, compreendendo hoje 24 clubes em todo o estado.

O lema “Dar de si antes de pensar em si” reflete o principal objetivo do Rotary Club. Os rotarianos desenvolvem projetos comunitários de prestação de serviços com o intuito de aliviar as carências mais graves. Além disso, apoiam a profissionalização, programas para jovens, oportunidades educacionais e intercâmbios no exterior para estudantes, professores e outros profissionais. Conforme o presidente da Reunião de Presidentes e Secretários (Represe), Celso Mangueira, são princípios da entidade a ética, a amizade, o bem-estar e a valorização do ser humano.

Com: Érika Bruna Agripino da CMJP

sábado, 4 de maio de 2013

Projeto Consciência Social do Rotary Bancários distribui 2.500 kg de peixe a comunidade carente

Projeto Consciência Social do Rotary Bancários distribui 2.500 kg de peixe a comunidade carente
Projeto Consciência Social do Rotary Bancários distribui 2.500 kg de peixe a comunidade carente

Na manhã desta sexta-feira (03/05) voluntários do Rotary Club João Pessoa Bancários promoveram a distribuição de 2.500 kg de peixe “tilapia” a 500 (quinhentas) famílias da Comunidade do Timbó cadastradas no Projeto “Consciência Social” e as instituições filantrópicas.

Os peixes são capturados ainda de madrugada e transportados em caminhão frigorifico até a sede do Rotary Club João Pessoa Bancários, onde são imediatamente distribuídos.

A produção do peixe “tilápia” originário do cariri paraibano faz parte do projeto de piscicultura implantado naquela região e que tem beneficiado mais de 1.200 piscicultores.

Projeto "Consciência Social" 

O projeto "Consciência Social" é parte integrante das ações do Rotary Clube João Pessoa Bancários, e tem como objetivo oferecer um conjunto de ações destinadas à população que se encontra em situação de vulnerabilidade, devido à pobreza, falta de infraestrutura, ausência de renda e precário acesso aos serviços públicos, entre outros.

A parceria firmada com a CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, tem proporcionado ao clube a oportunidade de beneficiar aproximadamente 4.000 (quatro) mil pessoas, através das famílias cadastradas pelo Rotary na comunidade do Timbó, e das instituições filantrópicas como a Casa da Divina Misericórdia (Asilo de idosas), Instituto Novo Lar (Asilo de idosos), Creche Nossa Senhora de Fátima no Timbó, Colégio Estadual Dom Carlos Coelho, Comunidade Casa da Paz em Mangabeira, Casa da Criança com Câncer e Hospital Padre Zé.

Desta forma a adesão do Rotary Club João Pessoa Bancários ao P.A.A. - Programa de aquisição de alimentos da CONAB beneficia produtores de alimentos de comunidades espalhadas em todo o Estado da Paraíba, pois o programa visa a produção sustentável de alimentos com a inclusão produtiva e social.

Celebrada em fevereiro de 2013, sob a orientação do consultor Siderlanio (Dôdo), responsável técnico pela elaboração dos projetos, a parceria Rotary João Pessoa Bancários / CONAB já distribuiu 5.000 kg de carne de bode e 2.500 kg de peixe "Tilapia" as famílias e instituições cadastradas no projeto "Consciência Social".

Novas entregas de alimentos estão agendadas para ocorreram mensalmente durante todo o ano de 2013.