terça-feira, 17 de novembro de 2009

Evangelho e mensagem do dia 17/11/2009


Evangelho segundo S. Lucas 19,1-10.

Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos. Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.» Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.» Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.» 


Mensagem

Havia duas vizinhas que viviam em pé de guerra.

Não podiam se encontrar na rua que era briga na certa.

Depois de um tempo, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iria fazer as pazes com dona Clotilde. Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse dona Maria:

- Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas e velhas amigas.

Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria pensar no caso. Pelo caminho foi matutando:

- Essa dona Maria não me engana, está querendo me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato.

Vou mandar-lhe um presente para ver sua reação. Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca.

"Eu adoraria ver a cara da dona Maria ao receber esse ' maravilhoso' presente. Vamos ver se ela vai gostar dessa". Mandou a empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz e para selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente".

Dona Maria estranhou o presente, mas não se exaltou. Que ela está propondo com isso? Não estamos fazendo as pazes? Bem, deixa pra lá. Alguns dias depois dona Clotilde atende a porta e recebe uma linda cesta de presentes coberta com um belo papel.

- É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que será que ela me aprontou!

Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjo das mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem:

"Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. AFINAL, CADA UM DÁ O QUE TEM EM ABUNDÂNCIA EM SUA VIDA".

Um comentário:

  1. «Hoje veio a salvação a esta casa»

    Rezava Zaqueu em seu coração: «Bem-aventurado aquele que é digno de receber este Justo em sua casa». Nosso Senhor disse-lhe: «Desce depressa, Zaqueu!» E este, vendo que o Senhor lhe conhecia os pensamentos, disse: «Se conhece os meus pensamentos, também conhece os meus actos». E foi por isso que declarou: «Se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais».

    «Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa». Graças à segunda árvore, a do chefe dos publicanos, a primeira árvore, a de Adão, cai no esquecimento, e também o nome de Adão é esquecido graças ao justo Zaqueu [...]: «Hoje veio a salvação a esta casa». [...] Pela sua obediência pronta, aquele que ontem não passava de um ladrão torna-se hoje um benfeitor; aquele que ontem era colector de impostos torna-se hoje um discípulo.

    Zaqueu abandonou a lei antiga; subiu a uma árvore inerte, símbolo da surdez do seu espírito. Mas esta ascensão é o símbolo da sua salvação. Ele abandonou a sua baixeza, subindo à árvore para ver a divindade nas alturas. Nosso Senhor apressou-Se a convidá-lo a descer daquela árvore ressequida que era a sua antiga maneira de ser, a fim de que ele não permanecesse surdo. O amor a Nosso Senhor que nele ardia consumiu nele o homem velho, para nele moldar um homem novo.

    Santo Efrém (c. 306 – 373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
    Diatessaron, XV, 20-21 (a partir da trad. cf. SC 121, p. 277)

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