quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Evangelho e mensagem do dia 19/11/2009


Evangelho segundo S. Lucas 19,41-44.

Quando se aproximou, ao ver a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: «Se neste dia também tu tivesses conhecido o que te pode trazer a paz! Mas agora isto está oculto aos teus olhos. Virão dias para ti, em que os teus inimigos te hão-de cercar de trincheiras, te sitiarão e te apertarão de todos os lados; hão-de esmagar-te contra o solo, assim como aos teus filhos que estiverem dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada.» 


Mensagem

João era o tipo do cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de Bom Humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, a resposta seria algo: "Se melhorar estraga.". Ele era um gerente especial, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato.

Se um colaborador estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
"Você não pode ser uma pessoa tão positiva todo o tempo. Como você faz isso?"

Ele me respondeu:
"A cada manhã ao acordar digo para mim mesmo, João, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de Bom Humor ou de mau humor.
Eu escolho ficar de Bom Humor. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida."
"Certo, mas não é fácil!", argumentei.
"É fácil!", disse-me João. "A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda a situação sempre há uma escolha.
Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu Humor. É sua a escolha de como viver a sua vida."

Eu pensei sobre o que João disse, e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde, soube que João cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã, foi rendido por assaltantes. Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.
Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.
Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei João mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu: "Se melhorar estraga!"
Contou-me o que havia acontecido perguntando:
"Quer ver minhas cicatrizes?"
Recusei ver seus antigos ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
"A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás...", respondeu. "Então deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver."
"Você não estava com medo?" - Perguntei.
"Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: "esse ai já era".
Decidi então que tinha que fazer algo."
"O que fez?" Perguntei.
Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim". Todos pararam para ouvir a minha resposta: Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!" Entre as risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não morto".

João sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude. Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO".

Um comentário:

  1. «Mas agora isto está oculto aos teus olhos»

    É evidente que nenhuma cidade santa deste mundo constitui a meta da nossa peregrinação no tempo. Esta meta está escondida para além deste mundo, no coração do mistério de Deus ainda invisível para nós; porque é na fé que caminhamos, não na clara visão, e o que seremos não nos foi ainda revelado. A nova Jerusalém, da qual somos já cidadãos e filhos, desce do alto, de junto de Deus. Dessa cidade, a única definitiva, ainda não contemplámos o esplendor a não ser como num espelho, de maneira confusa, sustentando com firmeza a palavra profética. Mas a partir de agora somos seus cidadãos, ou somos convidados a sê-lo; toda a peregrinação espiritual recebe o seu sentido interior deste destino último.

    Assim sucedeu com a Jerusalém celebrada pelos salmistas. O próprio Jesus e Sua mãe cantaram na terra, subindo a Jerusalém, os cânticos de Sião: «Beleza perfeita, alegria de toda a terra». No entanto, é Cristo que doravante torna atractiva a Jerusalém do alto, é para Ele que caminhamos em marcha interior.

    (Referências bíblicas: 1Jo 3, 2; Gal 4, 26; Ap 21, 2; 1Cor 13, 12; Sl 49, 2; Sl 47, 3)

    Paulo VI, Papa de 1963 a 1978
    Exortacão apostólica sobre a alegria cristã «Gaudete in Domino» (a partir da trad. DC n° 1677, 1/6/1975 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

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