quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Evangelho e mensagem do dia 25/11/2009


Evangelho segundo S. Lucas 21,12-19.

Mas, antes de tudo, vão deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e metendo-vos nas prisões; hão-de conduzir-vos perante reis e governadores, por causa do meu nome. Assim, tereis ocasião de dar testemunho. Gravai, pois, no vosso coração, que não vos deveis preocupar com a vossa defesa, porque Eu próprio vos darei palavras de sabedoria, a que não poderão resistir ou contradizer os vossos adversários. Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos. Hão-de causar a morte a alguns de vós e sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Pela vossa constância é que sereis salvos.» 


Mensagem

O mestre chorava e o discípulo perguntou:
- Mestre, por que choras?
O mestre respondeu:
- Choro porque estou morrendo e tenho medo de enfrentar o SENHOR!
- Mas mestre, você que sempre foi tão bom quanto São Francisco, tão sábio quanto Salomão, por que teme o SENHOR?
- É que nesta hora ELE não vai querer saber se fui São Francisco ou Salomão.
ELE vai saber se fui eu mesmo!!

Um comentário:

  1. «Pela vossa constância é que sereis salvos»

    «Aquele que, como eu, é escarnecido pelo seu amigo invocará a Deus e Ele o ouvirá» (Job 12, 4 Vulg). [...] Sucede a alma perseverar no bem, e contudo sofrer a troça dos homens. Agir de modo admirável e receber injúrias. Então, aquele que os elogios poderiam ter atraído exteriormente, repelido pelas afrontas, entra em si próprio. Fortalece-se em Deus tanto mais solidamente, quanto não encontra no exterior nada onde possa descansar. Põe toda a sua esperança no seu Criador e, no meio das troças ultrajantes, só implora o testemunho interior. A alma do homem afligido aproxima-se de Deus tanto mais quanto é abandonada pelo favor dos homens. Cai imediatamente em oração, e sob a opressão vinda do exterior, purifica-se para apreender as realidades interiores. É por isso que este texto diz com razão: «Aquele que, como eu, é escarnecido pelo seu amigo, invocará a Deus e ele o ouvirá [...]». Quando estes infelizes encontram armas na oração, voltam a cantar interiormente a bondade divina: esta dá-lhes satisfação, porque, exteriormente, estão privados dos elogios dos homens. [...]

    «Zomba-se da simplicidade do justo» (Job 12, 4). A sabedoria deste mundo consiste em camuflar o coração debaixo de artifícios, em encobrir o pensamento com as palavras, em apresentar como verdadeiro o que é falso, em provar a falsidade do que é verdadeiro. Pelo contrário, a sabedoria dos justos consiste em nada inventar para se valorizar, em transmitir o pensamento com as palavras, em amar a verdade como ela é, em fugir da falsidade, em fazer o bem gratuitamente, em preferir suportar o mal do que fazê-lo, em nunca procurar vingar-se de uma ofensa, em considerar como um benefício um insulto que se recebe por causa da verdade. Mas é precisamente esta simplicidade dos justos que se torna motivo de troça, porque os sábios deste mundo julgam que a pureza é uma tolice. Tudo que se faz com integridade, eles consideram-no, evidentemente, como um absurdo; tudo o que a Verdade aprova na conduta dos homens parece uma tolice à pretensa sabedoria deste mundo.

    São Gregório Magno (c. 540-504), papa e Doutor da Igreja
    Comentário moral do livro de Job, 10, 47-48; PL 75, 946 (a partir da trad. bréviaire)

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