segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Evangelho e mensagem do dia 23/11/2009


Evangelho segundo S. Lucas 21,1-4.

Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros; pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.» 


Mensagem

Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos. O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.

Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira a direita e percebe que estava errado. Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde. Mas ele ainda quer saber: "Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais".

E ela diz: "Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite".

MORAL DA HISTÓRIA: 

Essa pequena estória foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: "Quero ser feliz ou ter razão?" Pense nisso e seja feliz.

Um comentário:

  1. «Eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava [...], enquanto ela deitou da sua indigência»

    Não desprezemos os pobres, os pequenos [...]; para além de serem nossos irmãos em Deus, são os que imitam mais perfeitamente Jesus na Sua vida exterior. Eles representam perfeitamente Jesus, o operário de Nazaré. Eles são os anciãos entre os eleitos, os primeiros a ser chamados ao berço do Salvador. Eles foram os companheiros habituais de Jesus, do Seu nascimento até à morte; a eles pertenciam Maria e José e os apóstolos. [...] Longe de os desprezar, honremo-los, honremos neles a imagem de Jesus e dos Seus santos pais; em lugar de os desdenhar, admiremo-los. [...] Imitemo-los e, dado que vemos que a sua condição é a melhor, aquela que Jesus escolheu para Si mesmo, para os seus, aquela que chamou em primeiro lugar para junto do Seu berço, aquela que Ele mostrou pelos Seus actos e palavras [...], abracemo-la. [...] Sejamos pobres operários como Ele, como Maria, José, os apóstolos, os pastores, e se algum dia Ele nos chamar para o apostolado, permaneçamos nesta vida tão pobres como Ele nela permaneceu, tão pobres como nela ficou um São Paulo «o seu fiel imitador» (cf 1Cor 11, 1).

    Não deixemos nunca de ser em tudo pobres, irmãos dos pobres, companheiros dos pobres, sejamos os mais pobres dos pobres como Jesus, e como Ele amemos os pobres e rodeemo-nos deles.

    Bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
    Meditações sobre o Evangelho, 263 (in Oeuvres spirituelles, Seuil 1958, p. 174)

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